Os contratos da soja fecharam ontem em queda pelo segundo pregão consecutivo após serem negociados em alta durante todo o dia. Conforme informações do mercado, a China, maior comprador mundial da commodity, deverá reduzir o ritmo das compras dos estoques americanos nos próximos meses. Os papéis da oleaginosa com entrega para agosto fecharam cotados em US$ 11,405 o bushel (27,2 quilos), queda de 0,6%.
O milho, por sua vez, tomou o caminho inverso e subiu em virtude do maior volume de compras dos investidores, que apostam na alta de preços da commodity para protegerem-se contra a inflação em meio à queda do dólar. Os contratos do grão para setembro ficaram em US$ 4,39 o bushel, alta de 0,6%.
O US Dollar Index caiu pela primeira vez esta semana depois que o Departamento do Comércio informou seus maiores avanços para encomendas de bens duráveis desde dezembro de 2007. O índice Reuters/Jefferies CRB que acompanha 19 matérias-primas apresentou alta de 1,4%, registrando sua maior alta desde o dia 14 de novembro. A cotação do barril alcançou seu melhor nível em Nova York, refletindo sinais de recuperação da demanda por combustíveis.
"Esta tendência tem muito a ver com a queda da moeda americana", afirmou Alan Kluis, presidente da Northland commodities em Mineápolis. "O índice CRB opera em alta uma vez que novos investimentos continuam sendo feitos no mercado de commodities", explicou.
Já os contratos futuros do algodão registraram o menor nível em aproximadamente quatro semanas, baseado nos sinais de que o setor de fiação e tecelagem está reduzindo as compras depois que os preços alcançaram o maior nível desde setembro. Os contratos a futuros do açúcar também declinaram, enquanto os contratos para o suco de laranja registraram alta.
As exportações americanas de algodão acumuladas nas quatro semanas terminadas em 14 de maio caíram 67%, conforme os dados do Usda. Em 12 de maio, os preços alcançaram a cotação de 61,67 centavos a libra (453.6 gramas), a maior desde 25 de setembro. Desde então, a fibra acumulou perdas de 12%.