Milho - Safrinha de milho no Paraná será 23% menor
Data:
02/06/2009
A estiagem provocou perdas de 23% na colheita estadual de milho safrinha. Até agora as projeções indicam que o Paraná poderá colher cerca de 4,9 milhões de toneladas do grão, ante um potencial estimado em 6,4 milhões de toneladas. No entanto, técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, temem que os prejuízos possam ser ainda maiores uma vez que há previsões de geadas para esta semana em praticamente todas as regiões (veja quadro). Somando as duas safras de milho, o Paraná poderá colher 27% menos do que o registrado no ano passado - estimado em 11,23 milhões de toneladas - quando foi atingido recorde histórico de 15,41 milhões de toneladas.
As informações foram divulgadas ontem pelo Deral e aumentam as perdas em 14 pontos percentuais em apenas um mês. Em abril, a quebra na lavoura foi estimada em 9%. Este será o pior desempenho de uma produção paranaense registrada nas últimas três safras. Por enquanto, a produtividade tem variado de 3,3 mil a 3,5 mil quilos por hectare, ante um potencial estimado em 4,2 mil quilos por hectare. Desta forma, o custo variável (somente a quantia que o produtor desembolsou com o plantio) da safrinha foi calculado pelo Deral, em fevereiro, em R$ 12,42 a saca, considerando uma produtividade média de 4,2 mil quilos por hectare.
Os preços do milho estão 5,4% maiores do que os atingidos no mês passado. Ontem a saca de 60 quilos foi cotada a R$ 17,37, enquanto no mesmo dia de abril o preço era de R$ 16,48. Mesmo assim, o custo está menor do que há um ano, quando a cotação da saca ultrapassou os R$ 20. ""Na verdade, o problema são os prejuízos, não os preços"", salienta a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi.
O Deral também aumentou as projeções de perdas da 2 safra de feijão. A estimativa de quebra é de 18% ante a colheita prevista inicialmente de 447 mil toneladas. Uma área plantada de 258.666 milhões de hectares poderá produzir 365 mil toneladas. Mesmo assim, esta 2 safra será 7% maior do que a colhida no ano passado (341.490 mil toneladas). No total, a produção estadual das 3 safras poderá ser 4% menor: 747 mil toneladas. Segundo Carlos Alberto Salvador, engenheiro agrônomo do Deral, cerca de 85% da área plantada já foi colhida. O restante das lavouras encontram-se em: 14% em frutificação e 86% em maturação. ""De maneira geral as lavouras encontram-se nas seguintes condições: 43% são consideradas boas, 39% moderadas e 18% ruins"", informou.
Geadas
Estão previstas para a madrugada de amanhã as temperaturas mais baixas do ano em todo o Estado. Segundo a meteorologista do Simepar, Ângela Beatriz Costa, o fenômeno ocorrerá em todo o Paraná, variando apenas a intensidade de fraca (Região Norte) a forte (Região Sul). No Norte, as geadas deverão ocorrer apenas em baixadas e fundos de vale. ""As culturas mais afetadas serão as hortaliças e o café. Recomendamos que seja feito o chegamento de terra junto ao tronco de café para evitar a geada de canela; já as hortas deverão ser cobertas"", explica. A partir do final de semana as temperaturas podem começar a subir.
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A estiagem provocou perdas de 23% na colheita estadual de milho safrinha. Até agora as projeções indicam que o Paraná poderá colher cerca de 4,9 milhões de toneladas do grão, ante um potencial estimado em 6,4 milhões de toneladas. No entanto, técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, temem que os prejuízos possam ser ainda maiores uma vez que há previsões de geadas para esta semana em praticamente todas as regiões (veja quadro). Somando as duas safras de milho, o Paraná poderá colher 27% menos do que o registrado no ano passado - estimado em 11,23 milhões de toneladas - quando foi atingido recorde histórico de 15,41 milhões de toneladas.