Trigo - Lançado projeto de lei que autoriza subvenção sobre premio do seguro
Data:
03/06/2009
O Governo do Paraná promoveu na manhã desta terça-feira (02), o lançamento do projeto de lei que autoriza o Estado a subvencionar o prêmio do seguro para a agricultura, começando pela lavoura de trigo. Foi durante a Escola de Governo, com a presença de várias lideranças representativas da cadeia produtiva.
O secretário da Agricultura, Valter Bianchini, entregou o projeto ao líder de governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli, que se comprometeu a viabilizar a aprovação do documento até a próxima terça-feira (09).
"Na quarta-feira da semana que vem, o projeto deverá estar nas mãos do governador Roberto Requião para ser sancionado", afirmou Romanelli. Segundo Bianchini, a subvenção será de 15% sobre o prêmio do seguro rural na safra, complementando a subvenção de 70% já concedida pelo governo federal. Para os agricultores que aderirem ao Programa de Irrigação Noturna (PIN), o governo vai conceder mais 15% totalizando o prêmio do seguro rural pago pelo produtor, explicou o secretário.
Ainda de acordo com Bianchini, a iniciativa tem como objetivo fornecer cobertura de perdas das lavouras, em caso de intempéries climáticas como geada ou seca, por exemplo, proporcionar maior estabilidade financeira ao produtor, reduzir riscos e melhorar a qualidade do trigo cultivado no Estado.
"Queremos incentivar, juntamente com as cooperativas e indústrias, o cultivo de variedades para o trigo melhorador, que já corresponde a 80% da produção paranaense", afirmou o secretário. Bianchini ressaltou também que os preços mínimos pagos pelo trigo da classe melhorador são mais atrativos.
"Enquanto o preço mínimo da classe melhorador é de R$ 555,00 a tonelada, a da classe pão, que é intermediária, é de R$ 530,00, e a da classe brando R$ 441,00". Nesta safra, o Paraná deverá cultivar 1 milhão 170 mil hectares de trigo e produzir 3 milhões e 100 mil toneladas do cereal, o que corresponderá a 55% da safra nacional.
Para ter acesso ao subsídio ao prêmio do seguro do trigo, o agricultor deverá cultivar o cereal de acordo com as recomendações do zoneamento agrícola, possuir a subvenção por parte do governo federal e estar adimplente.
"Queremos implantar o projeto ainda nessa safra. Dessa forma, o Paraná dá um passo importante na nossa agricultura", afirmou Bianchini. Na semana passada, o secretário esteve na sede da Ocepar, em Curitiba, para convidar as lideranças do setor cooperativista a participar do lançamento do projeto nesta terça-feira e para solicitar o apoio das cooperativas para a aprovação do projeto na Assembléia Legislativa. "O seguro é uma política importante, além do preço, variedades, e de uma série de outras questões. É mais uma medida importante que o Paraná está tomando para que continue sendo referência na agricultura e referência na produção de trigo, já que somos o principal produtor nacional. Mais de 50% é produzido aqui e as cooperativas tem mais de 80% de presença nessa cultura", disse o secretário.
O superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, o assessor da diretoria, Wilson Thiesen, e o diretor da Ocepar e presidente da Cooperativa Castolanda, Frans Borg, representaram a instituição na Escola de Governo desta terça-feira. Em seu pronunciamento, Thiesen lembrou que o Paraná já chegou a produzir 80% do trigo nacional.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) considerou o lançamento do projeto como momento histórico. "É uma medida que vai incentivar o agricultor a investir, sem depender muito dos bancos, e dará garantia de renda na questão do trigo", afirmou.
Já o representante do Sindicato das Indústrias Moageiras, Roland Guth, disse que a indútria será muito beneficiada. "O produtor de trigo tendo o respaldo do seguro, pode aplicar toda a tecnologia e investir na lavoura e nós, que já temos uma excelente matéria-prima, teremos um trigo ainda melhor e a indústria vai se beneficiar diretamente com isso. É algo inédito no Paraná e uma grande iniciativa do governo". As informações são da Ocepar.