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Safra - Conab ratifica liderança do Estado
Data: 09/06/2009
 
Nono levantamento da Companhia divulgado ontem, não apenas confirma MT como maior produtor do Brasil, como eleva em 1,81% produção 09/10.

A liderança da produção de grãos e fibras da atual safra pertence a Mato Grosso. Ontem, ao divulgar o nono levantamento da safra 09/10, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não apenas conservou a posição estadual, como também elevou o volume, que passou de 26,50 milhões de toneladas do levantamento de maio, para 26,98 milhões de toneladas, uma revisão positiva de 1,81%. Esta estimativa de produção, se confirmada ao final da temporada, será a segunda maior do Estado, ficando atrás apenas das 28,19 milhões t registradas no ciclo anterior. Comparando os números, a safra 09/10 fica 4,3% abaixo do que foi 08/09.

Especificamente no caso da soja, a Conab estima produção de 17,96 milhões t, que se concretizada, “se iguala à safra 04/05, quando se registrou a maior produção de todos os tempo em Mato Grosso”, como observa o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Seneri Paludo. Basicamente a liderança mato-grossense é sustentada pela produção de soja e milho segunda safra, que são as maiores do país e apresentam também o segundo melhor desempenho na história do Estado e 20% das 134 milhões t que o Brasil vai colher.

Paraná, que vinha mantendo a posição de destaque, sofreu intempéries climáticas e na atual temporada registra recuo de mais de 17% na produção total, que está estimada em 25,23 milhões t.

Mesmo sob recuo da área plantada e da produtividade, Mato Grosso obteve rendimentos satisfatórios por hectare nas duas principais culturas, a soja e o milho. Como explica o superintendente do Imea – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), de fato, há retração em área e produtividade, “o que impacta na produção”, mas como ele explica, “para a soja e o milho a produtividade é considerada boa, já que a oleaginosa – segundo números do Imea – fecha a safra atual com rendimento de 50,4 sacas por hectare e o milho, vai apresentando em plena colheita, produtividade de 67 sacas. Tivemos a colaboração do clima e por isso, conseguimos, apesar das retrações e de um menor investimentos em tecnologia (fertilizantes), superar importantes produtores brasileiros”. Há algumas safras, Mato Grosso teve o pior rendimento da história ao contabilizar média de 48 sacas de soja/ha.

Pelo nono levantamento da Conab, a soja estadual obteve rendimento de 51,4 sacas/ha e o milho 70 sacas. Paludo explica ainda que o Imea adotou uma postura mais conservadora em relação à evolução do milho, “porque a colheita está no início e na medida que as colheitadeiras avançarem, faremos os ajustes necessários”.

BRASIL

No País, o levantamento mostra uma queda de 6,9% na colheita, saindo de 144,11 para 134,15 milhões de toneladas. A área cresceu de 47,4 para 47,6 milhões de hectares. Confirmados o volume de produção, o Brasil colherá não mais a maior, mas sim, a segunda maior safra de sua história.

Responsável por 39,89% da produção nacional, o Sul é a área mais prejudicada pelo clima, com diminuição de 10,2% da produção, estimada agora em 53,52 milhões de toneladas. No Centro-Oeste a safra será de 48,04 milhões de toneladas (-4,8%), no Sudeste 16,77 milhões de toneladas (-3,8%), no Nordeste 11,95 milhões de toneladas (-4,9%) e na região Norte 3,87 milhões de toneladas (-4,3%).

Logística estrangula avanço da produção local
Exportar mais e ver Mato Grosso no topo da produção brasileira são notícias mais que positivas para quem está nos bastidores da safra. “Mostra o potencial que temos e só ratifica o franco desenvolvimento do Estado”, pontua o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira. Porém, tanto gigantismo assim, já causa nos produtores estaduais – e há muito tempo – apreensão, pois, a cada tonelada extra que se colhe, mais estrangulado e oneroso fica o escoamento da produção.

“A logística, que é o foco da Aprosoja/MT, precisa mais do que nunca avançar na mesma velocidade em que a demanda mundial por Mato Grosso avança. Não é possível esperar, pois logo, não haverá condições de dar vazão a um estado que pode ampliar em 50% sua produção, sem derrubar uma árvore sequer, apenas reaproveitando áreas de pastagem degradadas e outras que hoje estão subutilizadas”, exclama Silveira.

Diante desta perspectiva de expansão, como observa Silveira, fica claro que os gargalos logísticos só tendem a aumentar. “E quando se fala em logística, não falamos de escoamento por rodovias, hidrovias e ferrovias, falamos em estrutura para armazenagem também. Atualmente, 27% da produção de soja de Mato Grosso é armazenada em caminhões”, revela o presidente da Aprosoja.

Atrás da vocação agrícola e de tanto dinamismo e gigantismo, a falta de logística deixa para Mato Grosso um rastro de prejuízos. “O gasto com o frete, atualmente em torno de US$ 120 até Paranaguá, consome 38 sacas de soja, ou seja, temos de colher 38 sacas apenas para custear o frete, fora os outros gastos com insumos”.

A conta vai mais longe. A falta de condições adequadas de escoamento está tirando da economia estadual cerca de US$ 1 bilhão por safra. “Se o produtor conseguir economizar cerca de US$ 20 em frete por tonelada de soja escoada, Mato Grosso terá circulando aqui dentro, cerca de US$ 1 bilhão a cada safra e ao longo de dez anos, serão US$ 10 bilhões. Por isso, não há outro foco para a Aprosoja/MT, se não, o da logística”, acentua o presidente da Entidade. E completa: “Diante de tanto potencial, são há outro papel às entidades do segmento, a não ser o de focar soluções para o fim deste gargalo. E muita coisa pode ser feita a médio prazo, como a conclusão da BR 163, obra que por sinal, não é vital apenas para Mato Grosso, como também para o país”.


AÇÃO

A liderança na produção de grãos e fibras e a constatação de que apenas Mato Grosso pode continuar avançando, é para Silveira, motivos mais que evidentes para o governo federal acelerar obras de infraestrutura. “Vamos aproveitar do mote da Copa do Pantanal, para mostrar que Mato Grosso não é apenas reconhecido pelo seu Pantanal, e sim, pelo seu prestígio de celeiro do mundo”.

Como ele antecipa, a Aprosoja/MT irá organizar um grande movimento pró-logística que contará com apoio de outros estados brasileiros, como Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, para pressionar o governo federal para que os investimentos em logística saiam urgentemente do papel, que se crie e recupere estradas que liguem a região central do país ao litoral, para a desobstrução de portos, construção de ferrovias e hidrovias.

“Sabemos que os produtores continuarão produzindo, mas é preciso consciência governamental da importância do setor produtivo para o país. No caso de Mato Grosso, atualmente os dois principais gargalos são a falta de investimentos para aumentar o potencial de armazenagem e em infraestrutura”, elenca. Entre obras urgentes, além da BR 163 estão as hidrovias Tocantins/Tapajós e Paraguai/Paraná, as ferrovias Senador Vicente Vuolo e a Leste Oeste, como também a conservação das rodovias existentes.


EXPORTAÇÕES

O quadro de oferta e demanda brasileira passa a apresentar uma posição bem ajustada, particularmente, quanto ao nível dos estoques finais que deve representar uma redução de 37,1% em relação à safra 2007/08.

Este cenário (baixo nível dos estoques finais) aliados aos fatores positivos no mercado internacional como: quebra da safra de soja da Argentina, uma demanda externa acima das expectativas iniciais do mercado, principalmente por parte da China e baixos estoques norte-americanos, criam as condições favoráveis para a ampliação das exportações brasileiras, que devem apresentar um aumento de 2% (500 mil t a mais) passando para 25 milhões de t.


Mato Grosso recupera espaço com soja e o milho safrinha
As duas culturas terão ao final deste ciclo resultados bem parecidos para Mato Grosso. Os volumes das produções serão o segundo melhor resultado na história do Estado. A soja deve se igualar à safra 04/05, já o milho segunda safra só perde para o volume da temporada passada (08/09), quando atingiu a marca de 7,01 milhões de toneladas.

Das quatro principais culturas com maior área plantada no Estado – milho, arroz, algodão e soja – apenas arroz e soja contabilizam crescimento de área e produção neste ciclo.

O arroz, depois de seguidas safras em recuo, retoma a terceira posição nacional em volume. Avançou em 09/10 17% em área, de 239 mil hectares para 420 mil, 0,5% em produtividade e 17,6% em produção, de 683 mil toneladas no ciclo anterior para 803,9 mil t.

A sojicultura mato-grossense, próxima de novo recorde, teve nesta safra, pelo levantamento da Conab, expansão de 2,7%. A área passou de 5,67 milhões de hectares para 5,82 milhões t. Mesmo com queda na produtividade de 2%, a produção será 0,6% maior e deve contabilizar 17,96 milhões t, contra 17,84 milhões da safra passada.

A cotonicultura é a atividade que traz a maior quebra: 30% tanto na área plantada como na produção. Mesmo assim, Mato Grosso se mantém líder nacional, como também no caso da soja e do milho segunda safra. O algodão em caroço teve a área reduzida de 541 mil ha para 379 mil e a produção de 2,12 milhões t para 1,49 milhões t. Somente em pluma, a produção estadual recua de 830 mil t para 581 mil.

Em relação ao milho 2ª safra, a produção estadual encolhe 9,6% em relação aos volumes do ano passado. Pela Conab a produção passa de 7,01 milhões de toneladas para 6,34 milhões. No início deste ano as perspectivas apontavam para uma redução de 50% na área destinada à safrinha do grão. Porém, a sinalização de clima bom, ou seja, muita chuva durante a germinação, animou os produtores e mudou a tendência à cultura. Juntando as duas safras, Mato Grosso somará produção de 6,87 milhões t, volume 11,9% abaixo dos números de 2008.

Fonte: Diário de Cuiabá

 
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