O Banco do Brasil é responsável pela liberação de mais de 60% dos recursos aplicados no agronegócio do País. No Paraná, a instituição representa 77% desse mercado. Na última safra foram liberados por meio do banco R$ 5,1 bilhões, no Estado. ‘‘A expectativa é manter os mesmos números do ano passado para a safra 2009/2010’’, afirma Cezar de Col, gerente de agronegócio do BB no Paraná. Segundo ele, a previsão tem base no fato de o banco trabalhar com agricultores tradicionais e poder antecipar alguns números.
No que diz respeito à dificuldade que alguns produtores poderão ter para conseguir financiamentos para a próxima safra, Col observa que na hora de liberar crédito o BB analisa a capacidade de pagamento do interessado. ‘‘Mesmo que ele tenha feito alguma renegociação de dívida, mas ainda tem capacidade de pagamento, conseguimos concretizar o financia-mento’’, pondera.
Col reforça que o relacionamento do banco com o agricultor é de longo prazo. ‘‘Trabalhamos juntos há algumas safras, são clientes previs-tos’’, comenta o gerente, destacando que a tradição ajuda muito na hora do produtor tomar crédito, pois o banco já está prevendo que ele vai operar e quando poderá obter de recursos. Quanto aos novos clientes ou os que querem voltar a financiar junto ao banco, Col aponta que eles precisam apresentar os dados cadastrais, os quais passarão por análise.
Em relação aos juros praticados, Col destaca que existe a possibilidade de uma redução nas taxas deste ano, mas ainda não há previsão. Na safra atual, quem tomou crédito pagou taxas de 6,75% ao ano, em média. O gerente do BB adiantou que o banco já está se organizando para disponibilizar os recursos a partir da primeira quinzena de julho. (E.Z.)