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Arroz - Federarroz comemora início da recuperação dos preços
Data: 19/06/2009
 
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), está comemorando a escalada de recuperação dos preços do arroz desde a segunda semana de junho. Um levantamento realizado pela entidade esta semana nos principais pólos de produção do Rio Grande do Sul apontou alta média de R$ 1,00 por saca e o aumento significativo da demanda por produto, principalmente por parte de médias e pequenas indústrias.

A reação dos preços segue uma tendência natural para a época, mas também se deve à sustentação oferecida pelos mecanismos de comercialização do governo, prorrogação do vencimento do custeio, expectativa de incentivos à venda externa, aos bons resultados da exportação até o momento e a manutenção da demanda e dos preços internacionais.

- Esta reação resulta, em muito, do esforço da Federarroz e das demais entidades arrozeiras, nos últimos meses, na busca de soluções para impasses de comercialização e mercado. O governo federal, o Banco do Brasil e outras instituições foram sensíveis e a retirada da pressão do mercado favoreceu esta reação que, esperamos, seja um movimento contínuo até o final do ano. Ainda estamos com os valores muito abaixo do custo de produção - avalia Rocha.

Segundo ele, uma saca de arroz em casca deveria estar sendo comercializada pelo produtor, atualmente, acima de R$ 32,00 para garantir o suporte aos custos de produção da safra passada.

- Em algumas regiões, já existe oferta de até R$ 28,00 pela saca, mas com pagamento parcelado. Ainda assim, acima de R$ 26,00 já existem ofertas correntes.

Segundo Renato Rocha, os produtores hoje dispõe de várias alternativas para reduzir a oferta, como EGFs, AGFs e contratos de opção, entre outros. O adiamento dos vencimentos das primeiras parcelas do custeio também favoreceram consideravelmente para enxugar a oferta. Os dados da Conab, prevendo uma safra e um estoque de passagem bastante ajustados, ajudaram a formar o cenário.

- No momento, o produtor tem diversas alternativas que estão pagando mais do que o mercado livre, então estes mecanismos se tornaram mais interessantes. Em algum momento isso faria a indústria demandar mais produto e melhorar o preço - acrescenta Rocha.

A Federarroz recomenda que o produtor administre o uso dos mecanismos, de acordo com a situação particular de cada um, de cada lavoura, de acordo com suas necessidades. A Federarroz também está negociando com os bancos Santander, Banrisul e Sicredi o alongamento das parcelas de custeio contratadas pelos produtores e aguarda uma sinalização positiva, nos moldes do que já aconteceu com o Banco do Brasil.

Paralelamente, em Brasília estão sendo negociados o credenciamento da CESA para arroz, EGFs para produtores enquadrados no Pronaf e que, dentro da medida de retaliação que o governo brasileiro pretende impor à Argentina na importação de trigo e leite-em-pó, seja incluso o arroz. O tema foi levado aos deputados Luis Carlos Heinze (PP-RS) e ao líder do Governo na Câmara Federal, Henrique Fontana (PT-RS).

Esta semana as entidades dos produtores e da indústria estiveram reunidas para formatar uma proposta única direcionada ao lançamento de novos mecanismos de apoio à comercialização pelo governo. Na próxima semana deve ser fechada a proposta para que o governo brasileiro lance PEP e Pepro direcionados à exportação e PROP.
  
Fonte: Planeta Arroz
 
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