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Arroz - Preços do arroz reagem e animam produtores
Data: 22/06/2009
 
A reação dos preços do arroz, há muito esperada pelos agricultores gaúchos, começou a dar os primeiros sinais na semana passada. Em municípios como Dom Pedrito, Alegrete, Jaguarão e Pelotas, foi registrado, em poucos dias, um incremento de R$ 1,00, elevando para R$ 25,60 em média a saca de 60 quilos. Apesar do incremento, o valor está muito abaixo do praticado no mesmo período de 2008, quando o arroz era comercializado a R$ 34,08, conforme a Emater.

A tendência é de que até setembro os preços ultrapassem o patamar de R$ 30,00, valor considerado bom por especialistas. "Essa reação era mais do que esperada e já veio um pouco tarde", afirma o consultor da Safras e Cifras José Ney Vinhas. Para ele, os estoques mais ajustados podem ser apontados como principais responsáveis pelo incremento dos preços do cereal.

"Os valores do ágio recuaram no último pregão de arroz, sinal de que os produtores estão mais cautelosos." A alta nos custos de produção verificada para a safra 2008/2009 impactou a rentabilidade dos produtores, que torcem agora para que a tendência de alta nos preços se confirme. "É importante chegar logo aos patamares de R$ 30,00, para que os orizicultores possam cobrir os gastos, especialmente com fertilizantes", disse Vinhas.

Para o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o incremento se deve em parte aos pleitos que o setor apresentou ao governo federal e que foram acatados. Entre essas medidas, está a prorrogação da primeira parcela do custeio de arroz da safra 2008/2009, que vale para todos os produtores financiados. "A primeira parcela do custeio passará para a última, ficando o novo cronograma com três parcelas - primeira e segunda com 25% cada e a terceira com 50% do custeio", explicou.

A medida aliviará do mercado cerca 325 mil toneladas de arroz. A redução do valor de penhora para Empréstimo do Governo Federal (EGF) foi outro pleito atendido, passando de R$ 20,64 para R$ 22,48 o valor da saca de arroz para efeito de liberação do referido financiamento.

Segundo o dirigente, o adiamento do custeio, aliado a outros mecanismos, como contratos de opções, AGF, PAA e ao pagamento de 100% dos custeios com os contratos de opções e flexibilização dos EGFs, também teve influência direta.

O diretor-executivo do sindicato rural de Dom Pedrito, Edson Fontoura Junior, assegura que, se a saca continuar em uma média de R$ 24,50, não irá remunerar a produção. "Os produtores vão segurando o arroz para garantir que os preços continuem aquecidos", afirmou


Fonte: Jornal do Comércio
 
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