O sojicultor deve aproveitar a valorização para vender e antecipar a compra de fertilizantes que estão mais baratos do que na safra passada. Este foi o conselho do professor de economia agrícola da Fundação Getúlio Vargas Alexandre Mendonça de Barros aos produtores que participam do 24º Seminário Cooplantio, em Gramado. Barros disse que a alta das cotações na primeira metade do ano, causadas em parte por problemas climáticos na Argentina e no Brasil, pode fazer com que os ganhos no segundo semestre não sejam tão acentuados. No cenário traçado por ele, o valor do bushel voltará aos 10 dólares em setembro. A tendência de aumento da área em função do desestímulo com o milho reforça a perspectiva de recuo de preço da oleaginosa. Segundo Barros, as exportações de milho caíram no primeiro semestre e não chegaram a oito milhões de toneladas, o que resultará em estoque superior a 11 milhões de toneladas ao final de 2009. Barros acrescentou que o custo da soja está 20% menor do que em 2008, mas deve subir a partir de agosto com a liberação de recursos. Além dos R$ 107,5 bilhões do governo, as tradings voltaram ao mercado. Somente a Cargill pretende ofertar 500 milhões de dólares, 100 milhões de dólares a mais do que na safra passada.