Milho - Conab prepara leilão para escoar a produção de milho
Data:
06/07/2009
Esta semana, o governo deve anunciar a retomada dos leilões de milho, suspensos desde que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) verificou irregularidades no processo de comercialização. O órgão aguarda apenas a autorização do Ministério da Fazenda para a publicação de uma portaria autorizando os leilões. A garantia da subvenção foi dada a Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes em reunião realizada na última semana. Segundo Prado, a retomada da participação do estado nos leilões é necessária, uma vez que não há onde armazenar o produto, cuja produção é estimada em 6 milhões de toneladas.
De acordo com o último boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o avanço da colheita - que até o último dia 25 atingiu 11% da área total do estado - pode esbarrar na morosidade das comercializações e faltar armazéns para estocar a produção. "A grande procura dos produtores para comercializar o grão a preços competitivos está se intensificando, porém ainda a maioria dos compradores continua atuando timidamente no mercado", avaliou a equipe técnica do Imea Até o momento, 20% do volume total da segunda safra de Mato Grosso já foi comprometido, volume expressivo considerando o cenário atual. Além dos leilões de milho, o governo deve publicar nos próximos dias o edital do leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).
Em 2009, o governo aplicou R$ 1,45 bilhão no apoio à comercialização da safra, um crescimento em torno de 250% na comparação com os R$ 586,93 milhões disponibilizados no primeiro semestre de 2008.
De acordo com a Conab, aliada a ampliação dos investimentos houve também uma mudança no perfil dos beneficiados. Se no ano passado apenas produtores de algodão e milho receberam o benefício, em 2009 já foram atendidos produtores de arroz, feijão, leite, milho, trigo e uva. O volume negociado também teve um aumento expressivo, de 1,8 milhão de toneladas para 4,1 milhões de toneladas, além de 206,20 milhões de litros de leite e vinho. "Neste ano, o governo teve que atuar desde o início da safra, diferentemente de 2008, quando as ações se concentraram, principalmente, no fim da colheita e início da comercialização", diz João Paulo de Moraes, superintendente de Operações da estatal.
Seguro Rural O governo federal está solicitando ao Congresso crédito adicional de R$ 90 milhões para complementar os recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). De acordo com Welington Soares de Almeida, diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural (Deger) os recursos do programa, de R$ 182 milhões, não foram suficientes para atender o total da demanda das seguradoras, da ordem de R$ 272 milhões. Segundo Almeida, o recurso adicional possibilitará o atendimento a 90 mil produtores e cobertura de 8,1 milhões de hectares, quase o dobro do ano passado. "Estamos na metade do quarto ano do programa e percebemos que o PSR apresenta resultados mais positivos", diz.
As intempéries do clima fizeram aumentar exponencialmente a adesão ao PSR. O primeiro semestre registrou uma expansão de 421% ante igual período de 2008. Até 30 de junho deste ano, foram comprometidos R$ 58 milhões, o que representa mais de quatro vezes o montante aplicado até a mesma data do ano passado: R$ 14 milhões. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no período de janeiro a junho deste ano foram beneficiadas pelo programa 9,7 mil apólices contra 3,5 mil em igual período de 2008. Os principais grãos contemplados com a subvenção nesse período são o milho safrinha e o trigo.
O Banco do Brasil (BB) também está lançando um seguro de preço para agricultura empresarial. O novo produto é destinado ao produtor que tiver renda bruta anual de até R$ 500 mil. "Atrelar o crédito a mecanismos de proteção. Essa é a combinação necessária para dar maior estabilidade ao pequeno produtor rural", disse Luiz Carlos Guedes, vice-presidente do Agronegócio do BB.
O governo deve anunciar esta semana a retomada dos leilões de milho, suspensos desde que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) verificou irregularidades no processo de comercialização. O órgão aguarda apenas a autorização do Ministério da Fazenda para publicar uma portaria que autoriza os leilões. A garantia da subvenção foi dada a Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em reunião realizada na última semana. Segundo Prado, a retomada da participação do Estado nos leilões é necessária porque não há onde armazenar o produto, cuja produção é estimada em 6 milhões de toneladas.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o avanço da colheita - que até o último dia 25 atingiu 11% da área total - pode esbarrar na morosidade das comercializações.