A produção da soja em grão, principal lavoura de verão, deve ficar em 56,8 milhões de toneladas (0,6% a menos). O decréscimo decorre principalmente de reavaliações no Centro-Oeste. O Mato Grosso do Sul registra redução de 4,8% na produção, consequência da queda no rendimento médio (queda de 5%).
A estimativa de safra da produção canavieira ficou em 691,8 milhões de toneladas (um aumento de 0,2%), com ampliação de 0,4% na área a ser colhida.
A expansão resulta do interesse pelos derivados do produto, sobretudo álcool e açúcar -este último mais atrativo no momento, devido à queda da oferta no mercado internacional.
A produção esperada para o arroz é de 12,6 milhões de toneladas (uma queda de 1,4%), após reavaliações nos dados das regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste.
No Nordeste, o excesso de chuvas causou a redução na área (de 1,9%) e no rendimento médio (de 6,4%), agora estimados em 701.742 hectares e 1.583 quilos por hectare. Nas outras duas regiões, o produto encontra-se na fase final de colheita.
O feijão, considerando as três safras do produto, deve somar 3.614.985 toneladas (uma queda de 0,7%) e está assim distribuída: 1.705.718 toneladas da 1ª safra (47,2%), 1.545.192 toneladas da 2ª safra (42,7%) e 364.075 toneladas da 3ª safra (10,1%). A comparação com o levantamento de maio indica variações de -2,9%, 1,5% e 0,6% nas três safras, respectivamente.
A queda na primeira safra reflete as perdas no Maranhão (de 12%), Piauí (de 7,1%), Ceará (de 10,1%) e em Pernambuco (de 31%).
Na segunda safra, o acréscimo deve-se às reavaliações na maior parte dos estados produtores do Nordeste, com destaque para Pernambuco (alta de 141,5%). (FP)