Arroz - VI Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado debate biotecnologia para resistência a brusone
Data:
15/07/2009
A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, de Santo Antônio de Goiás (GO), Dra. Marta Cristina Corsi de Filippi, está na expectativa para o VI Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, que acontece de 11 a 14 de agosto no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre (RS). O evento é promovido pela Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) e pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), tem como tema “Estresses e sustentabilidade: desafios para a lavoura arrozeira”.
Participando pela primeira vez do congresso, Marta Cristina fará uma exposição na quinta-feira (13), sobre o tema “Aplicação da biotecnologia na busca de resistência estável a brusone em arroz irrigado”, dentro do Painel “Avanços da biotecnologia na mitigação dos efeitos de estresses na cultura do arroz irrigado”. “Minha expectativa é grande, haja vista que o Rio Grande do Sul é destaque na produção de arroz irrigado. O evento oportunizará uma troca de resultados entre os pesquisadores do Brasil e exterior”, comenta.
Marta Cristina afirma que o Brasil ocupa uma posição de destaque na produção de arroz, mas que tem muito ainda a crescer no mercado internacional, diante do crescimento da população e da diminuição da produção nos países do Oriente, por conta da expansão do êxodo rural. “No caso da China, por exemplo, isso traz como reflexo uma melhora no nível de vida”, comenta.
Segundo ela, no mercado interno o consumo também vai aumentar, diante dos esforços empreendidos para a melhoria de renda, que vem trazendo um saldo positivo. “Diante desse aspecto, o cenário da tecnologia é muito importante também no que diz respeito ao aquecimento global. Esse problema vai prejudicar as culturas e, no caso do arroz, de forma indireta, pode trazer um incremento no número de doenças já existentes ou favorecer o surgimento de novas. “Veja o caso da brusone, que pode surgir com maior intensidade. O Rio Grande do Sul, por exemplo, até hoje esteve menos propenso a doença devido à temperatura mais amena. Se nada for feito, porém, esse quadro pode mudar”, alerta.
A pesquisadora entende ser importante uma análise do potencial das plantas de arroz irrigado, de modo a melhorar geneticamente o potencial de resistência, para que haja uma proteção do ambiente produtivo e um menor uso de insumos. Especialista em brusone, ela vai demonstrar de que modo as biotecnologias podem ser usadas para que haja uma resistência a essa doença. “Vou procurar mostrar que a alta variabilidade do patógeno faz com que a resistência genética fique instável e como podemos utilizar métodos de biotecnologias, como marcadores moleculares e a expressão da resistência para minimizar a instabilidade da resistência", sinaliza.
Através do site da Sosbai na Internet - http://www.sosbai.com.br - podem ser obtidas maiores informações sobre o VI Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado.