Indústrias, exportadores, governo e Greenpeace renovam compromisso de preservar AmazôniaEstender para outros segmentos o acordo com a indústria da soja, que há três anos se compromete a não adquirir produto de área desmatada, é o novo foco do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
O compromisso de não comprar o grão plantado em áreas desmatadas após julho de 2006, quando foi fechado o primeiro acordo, foi reafirmado ontem. O documento foi assinado pelos representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Também contou com a rubrica do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc e do coordenador do Greenpeace, Paulo Adário.
Uma das áreas em que já há andamento das discussões, de acordo com o ministro, é a de exportadores de madeira. O compromisso dos exportadores é o de adquirir madeira de área que não tenha sido desmatada. Para isso, o governo incentivará a oferta de madeira legal.
– Já assinamos o protocolo verde com seis bancos públicos e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Eles se comprometeram a não financiar projetos em áreas de desmatamento – lembrou o ministro.
Questionado sobre qual seria a grande preocupação do Meio Ambiente neste momento, Minc não titubeou: “a pecuária”. A atividade é mais complexa, admitiu ele, porque há movimentação da criação. Isso dificultará o monitoramento por satélite, como é feito hoje para os cultivos.