Investindo em pesquisa e tecnologia, país supera concorrentes como China e EUAA expressão terra fértil ganha, no Brasil, um sentido superlativo. Dados de um estudo da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura mostram que a produtividade do país no campo é maior até do que a registrada em países como a China e os Estados Unidos.
Os resultados do campo melhoram sem que seja preciso ampliar a área cultivada, intensificar o uso de insumos ou aumentar o contingente de trabalhadores. Os mesmos recursos, na mesma área, produzem mais a cada ano. A fórmula, segundo a pesquisa, explica-se pelo emprego da tecnologia e pelos investimentos em pesquisa e melhoramento genético.
O relatório afirma que o Brasil está na frente quando o assunto é produtividade. O produto agropecuário, de 2000 a 2008, teve 5,59% de crescimento como média anual. A China, segunda colocada, apresentou avanço de 3,2 pontos percentuais no período de 2000 a 2006. Os Estados Unidos têm taxa anual de 1,95%.
A consequência dessa produtividade ascendente é o bom desempenho da agropecuária brasileira, que a cada ano é capaz de melhorar os recursos e a mão de obra disponíveis, produzindo mais com menos terra. Um exemplo é a pecuária. Entre 1975 e 2008, a produção de carnes subiu de 10,8 quilos por hectare de pastagem para 38,6 quilos. O índice de produtividade da terra, que cresce 3,55% ao ano, demonstra que a cada safra se colhe mais por hectare. O maquinário mais potente também turbina os índices.
– Podemos ter, sim, culturas campeãs em produtividade. Mas temos muitos problemas a resolver, como a concorrência com países que apostam no subsídio para garantir o desempenho – pondera Argemiro Brum, doutor em Economia Internacional e professor da Unijuí.