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Milho - Produtor de milho pede mais verbas para AGF
Data: 14/08/2009
 
Com o mercado do milho travado, Faeg reivindica uma nova parcela para Aquisições do Governo Federal.

A situação do produtor goiano é crítica em relação à comercialização da safra, principalmente no caso do milho. A afirmação é do economista Pedro Arantes, analista de mercado da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg). Segundo ele, embora o preço do grão há muito esteja ao redor dos R$ 15,00, simplesmente não há negócios no Estado.

Conforme Pedro Arantes, a reivindicação da Faeg é no sentido de que sejam liberados mais recursos para Aquisições do Governo Federal (AGF). Segundo ele, há previsão orçamentária, mas a parcela de recursos liberada já esgotou-se. "O nosso apelo é para que o Ministério da Agricultura e a área econômica do governo aprovem o quanto antes a liberação de uma nova parcela", diz o analista de mercado da federação.

Pedro Arantes argumenta que as operações de AGF são importantes não só porque ajudam a enxugar o mercado, mas também porque balizam um novo patamar de cotações para o mercado, visto que o preço mínimo oficial para o milho, hoje, é de R$ 16,50 a saca. Segundo ele, já está demonstrado que mecanismos de remoção de estoques, como o Pepro e o PEP, aliviam, mas não resolvem os problemas de comercialização.

Para o analista da Faeg, toda a crise na comercialização do milho se deve ao fato de que o País está abarrotado do produto. "No oitavo mês do ano, não conseguimos exportar nem 50% do previsto, que era 8 milhões de toneladas."

Segundo Pedro Arantes, o pior é que o ritmo da exportações de milho deve até diminuir de agora em diante, já que a Europa começa a colher uma boa safra. Ele acrescenta que o pífio desempenho das exportações de milho se deve à redução da demanda internacional em decorrência da crise financeira e à sobrevalorização do câmbio.

Conforme o analista, esses fatores também prejudicaram a comercialização da soja, que caiu de R$ 44,00 para até R$ 38,00 no mercado internacional nas últimas semanas. A recuperação do preço da oleaginosa só ocorreu nos últimos dias devido a previsões de estiagem nos EUA.

Calendário
Em julho, primeiro mês do calendário da safra 2009/2010, o Banco do Brasil (BB), principal agente financiador do agronegócio, desembolsou R$ 2,28 bilhões em financiamentos para o setor agrícola.

Foi um crescimento de 246% em relação ao valor de R$ 658,8 milhões liberado em julho de 2008, segundo a instituição. A soja lidera a demanda por recursos.


Fonte: O Popular
 
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