Ministro avalia que agora não é a hora de discutir medida de produtividadeA divisão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em torno da proposta de revisão dos índices de produtividade usados para reforma agrária foi reforçada ontem pelo ministro de Desenvolvimento, Miguel Jorge, que esteve na Expointer para participar do Fórum Canal Rural – Agronegócio e Agregação de Valor, na Casa RBS.
Para o ministro, não é o momento adequado para revisar regras. O setor ainda sofre efeitos da crise.
– Pode ser que em outro momento se faça essa revisão – disse Jorge, que desembarcou na Expointer perto do meio-dia.
O ministro falou que o agronegócio deve apostar na ampliação da agroindústria para ganhar novos mercados no Exterior e no Brasil. É o caso do setor do milho, cuja produção é dedicada principalmente ao fornecimento de matéria-prima para fabricação de rações para aves e suínos. Jorge defendeu que o segmento aposte na ampliação da produção de derivados do cereal para consumo humano.
– Esses alimentos ainda têm muito potencial para crescer – observou.
Jorge disse ser favorável à prorrogação dos juros reduzidos a 4,5% ao ano do Finame, incentivo considerado responsável pelo bom volume de negócios com máquinas agrícolas na Expointer 2009. A queda das taxas pela metade foi anunciada no final de junho, com previsão de validade até dezembro. O ministro admitiu ser simpático a um prazo maior de estímulo oficial no caso de máquinas agrícolas e de caminhões para autônomos.
Segundo Jorge, a prorrogação seria razoável devido ao intervalo de quase dois meses entre o período de anúncio e o início da operação das linhas com novas taxas nas instituições financeiras. No caso do Banco do Brasil, líder em crédito rural, a operacionalização ocorreu apenas em agosto.