No município de Prudantópolis, no sul do Paraná, os produtores já começaram o plantio de feijão preto. Senhor Salvador Deczca é produtor e na hora de fazer as contas viu que gastou menos com insumos.
O preço dos fertilizantes e defensivos está mais baixo este ano. “O adubo ele caiu bastante porque no ano passado eu paguei em torno de R$ 70 a saca de adubo para feijão e este ano está R$ 36 à vista e R$ 40 para safra”.
Mesmo com o custo mais barato, os produtores estão preocupados com o preço do grão no mercado e destinaram menos áreas para o plantio da próxima safra.
Foi o que fez o Sr. Ambrósio Budanovich. “O preço baixou, mas tem que plantar porque a gente sobrevive disso. O agricultor aumenta a área plantada e quando o preço do feijão está ruim, que nem agora, isso desmotiva o agricultor a plantar. Então a gente está estimando uma redução de 20% na área que deve fechar em 24 mil hectares”.
A mesma situação acontece com médios e grandes produtores de feijão carioquinha da região de Ponta Grossa, no centro-sul do estado, onde o plantio só deve começar a partir do dia 20 de setembro.
Na propriedade de Alex Mager, no município de Ipiranga, 160 hectares serão ocupados com o cultivo do grão, 40% a menos do que no ano passado. “O feijão este ano está bem duvidoso. A gente não tem nenhuma expectativa de preço, só tomara que ele se mantenha nos R$ 70, R$ 80. No ano passado começamos a vender feijão a R$ 140 e paramos a R$ 50. A queda foi muito grande”.