As exportações de arroz devem superar as 600 mil toneladas projetadas para este ano. Até o final de julho, os embarques somavam 482 mil t. 'Com agosto, devemos ter chegado a 550 mil t. Falta só 50 mil t. É justo pensarmos que o volume vai extrapolar a projeção', calcula o gerente de alimentos básicos da Conab, Paulo Morceli, que participou da reunião da Câmara Setorial do Arroz, ontem, em Brasília. Segundo ele, a previsão de quebra de safra da Índia e a elevação dos preços no mercado internacional podem interferir. 'Por um lado, aumenta a demanda, por outro, os preços.' O presidente da câmara, Francisco Schardong, está otimista. 'Em 2008, batemos o recorde de 790 mil t. A expectativa é igualar ou superar esta marca.' Depois de oito anos de negociação, foram definidas as normas de classificação, transformada na instrução normativa 6, que será avaliada pelo Ministério da Agricultura. 'É um avanço. Isso remunera melhor quem trabalha com produto de mais qualidade', diz Schardong. As normas dizem respeito à quantidade de grãos vermelhos e amarelos, entre outros fatores. A medida vigora a partir de março de 2010.