Armazenagem - Adaptações em armazéns poderão ser escalonadas
Data:
22/09/2009
Com prazo apertado e poucos armazéns certificados, a comissão técnica consultiva do Sistema Nacional de Unidades Armazenadoras analisa, até o início de outubro, proposta de escalonamento das adaptações à lei da armazenagem. A sugestão prevê que pequenas unidades entreguem até 31 de dezembro projeto de execução das alterações ao longo de 2010. Para as demais, será definida porcentagem de adaptações que deverão estar concluídas até o fim deste ano. O restante das mudanças deve constar de proposta a ser executada até o fim de 2010. A medida ainda precisa ser aprovada na comissão e passar pelo aval do ministro Reinhold Stephanes. A ideia seria alternativa para garantir a adequação das unidades que prestam serviços a terceiros, conforme a instrução normativa 33, de 2007. O prazo original é 31 de dezembro. No entanto, é pouco provável que as unidades públicas e privadas consigam atender às demandas. 'É difícil. Vai exigir esforço muito grande', afirma a assistente da assessoria de gestão estratégica do Ministério da Agricultura, Denise Deckers. Para as unidades públicas, o entrave é o orçamento, aprovado de um ano para o outro. Já nas empresas privadas a ação esbarra na falta de recursos. 'Acredito que esta proposta viabiliza a implantação', salienta Moacir Elias, professor da Ufpel e integrante da comissão. O Brasil tem 16 mil unidades, com capacidade estática para 127 milhões de t. Entre 60% e 70% delas precisam se adequar. A OCB apresentou proposta de prorrogação por um ano. O especialista de mercado Gustavo Prado reconhece que, com o aumento de certificadoras habilitadas, que chegam a sete, o valor baixou, mas as mudanças são onerosas. A preocupação é com a operacionalização de políticas de governo. 'Se os armazéns públicos não têm condições, para onde vão os produtos?'