Soja - Chicago acompanha outros mercados e tem pequena recuperação
Data:
23/09/2009
Os preços da soja recuperaram-se ontem na Bolsa de Chicago (CBOT). Posição mais negociada, o contrato para novembro encerrou o pregão cotado US$ 9,22 o bushel, com valorização de 8,50 cents ou 0,93%. Mesmo assim, ainda acumula queda de 2% na semana.
Em mais um dia de poucos negócios, a soja foi puxada pela queda do dólar ante outras moedas fortes - movimento que ajudou as commodities como um todo. "A única razão que a soja tinha para se recuperar era a alta de outros mercados", afirmou Daniel D'Ávila, analista da corretora Newedge USA, em Nova York.
Incertezas em relação ao clima nos Estados Unidos também podem ter ajudado. Segundo Bill Nelson, analista da corretora Doane Advisory Service, vendedores cobriram posições antes do fechamento, depois que alguns institutos de clima previram uma queda das temperaturas no Meio-Oeste americano para a semana que vem. Com medo de que uma geada possa comprometer a produtividade da nova safra, o mercado teria voltado a embutir algum prêmio de risco nas cotações.
D'Ávila diz que a possibilidade de perdas a essa altura são mínimas, com algumas regiões prontas para começar a colher. "Teoricamente, não tem espaço para nenhum para uma quebra de safra. O natural é que o mercado ceda mais um pouco, rumo aos US$ 9 o bushel", afirmou.
Por outro lado, o analista destaca que a demanda continua forte e ajuda a sustentar os preços em um mercado com pouco produto disponível. "É o único alívio para o mercado de soja neste momento".
Por isso, as bases de preço (a diferença entre o preço futuro e o pago pelo exportador nos portos) se fortaleceram nos portos do Golfo do México, principal porta de saída da soja americana.
"Os exportadores de Golfo estão sedentos por soja. Os compradores oferecem um prêmio de 80 centavos de dólar sobre a cotação de Chicago para as entregas em setembro e 90 cents para as entregas em novembro", comentou Joe Victor, analista da corretora Allendale.