Soja - Preços tem pouca oscilação com mercado parado em Chicago
Data:
24/09/2009
São Paulo, 24 - Os preços internacionais da soja ficaram praticamente estáveis ontem. Em mais um dia de poucos negócios na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato para entrega em novembro terminou o pregão cotado a US$ 9,2050 o bushel, em baixa de 1,50 cent ou 0,16%.
Mais cedo, o contrato novembro recuou até US$ 9,0250 o bushel, menor nível desde o último dia 14. O mercado era pressionado pela forte queda do petróleo, reflexo do aumento dos estoques nos Estados Unidos e da força do dólar.
A perspectiva de uma colheita recorde nos Estados Unidos e a ausência de geadas no radar das agências meteorológicas para o Meio-Oeste abriram caminho para que as cotações cedessem até os níveis de suporte, quando especuladores resolveram recomprar posições vendidas.
O mercado físico americano tem ajudado a sustentar os preços futuros acima dos US$ 9 o bushel. Com a escassez de soja disponível e a forte demanda para exportação, as bases de preço (a diferença entre os preços futuros e os praticados nos portos) voltaram a se fortalecer ontem no Golfo do México, principal porta de saída da soja americana.
"Sempre achei difícil os preços futuros caírem muito quando o mercado físico está tão forte. Por isso, acho que a queda dos preços futuros vai ter de esperar pela evidência de que temos uma oferta muito maior de grãos disponíveis", disse ontem um processador no Estado de Iowa.
Argentina prioriza esmagamento em meio à escassez
Na Argentina, o aperto na oferta de soja levou os exportadores a reduzir os embarques de soja em grão e priorizar o processamento no mercado interno.
Nos oito primeiros meses do ano, o país esmagou 20,45 milhões de toneladas da oleaginosa, cerca de 200 mil toneladas a menos do que em igual período do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Câmara da Indústria de Óleo da Argentina (Ciara).
Já as exportações despencaram 52%, para pouco mais de 3,52 milhões de toneladas, segundo números oficiais. No período, as exportações de farelo cresceram 22,4%, para 8,35 milhões de toneladas, enquanto as de óleo aumentaram 16,6%, para 1,96 milhão de toneladas.
Devido à forte estiagem, a produção de soja da Argentina caiu de 46 milhões de toneladas, na safra 2007/08, para 32 milhões de toneladas, na última temporada.