Soja - Com a chegada das chuvas mais cedo, produtores de Jataí e Rio Verde começam plantio da nova safra de soja
Data:
28/09/2009
Até o vazio sanitário –período em que é probido o plantio de soja no estado, que terminaria em 30 de setembro, foi encerrado pela Agrodefesa na última sexta-feira, 25. Ou seja, a partir de agora, está liberado o plantio dos grãos.
A Agrodefesa cedeu a pressão dos agricultores, pois, segundo eles, é que o período chuvoso se antecipou no Estado, o que também exige a antecipação do plantio.
“É uma medida importante que vimos reivindicando há muito tempo”, diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, seção de Goiás, Antônio Chavaglia. Segundo ele, já choveu mais de 250 milímetros em municípios como Jataí, Mineiros, Montividiu, Chapadão do Céu e Rio Verde, dentre outros.
“Proibir o produtor de plantar nessas condições é uma irracionalidade, pois se impede o plantio, mas se não pode impedir o nascimento de pragas, o que só aumento os custos de produção.” Segundo ele, a reivindicação agora é para que a Agrodefesa Perenize a antecipação do fim do vazio sanitário pelo menos para o dia 20 de setembro.
O vazio sanitário na agricultura é uma medida preventiva em que se proíbe, por determinado período, a manutenção de determinada cultura, com o objetivo de interromper o ciclo de certa doença. No caso específico da soja, o vazio é uma das técnicas de combate à ferrugem asiática, uma doença fúngica de grande letalidade para essa cultura.
Nem todos, entretanto, concordaram com a antecipação do fim vazio sanitário da soja. O presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Alécio Maróstica, diz que a medida potencializa os risco de ataque da ferrugem asiática no Estado.
Segundo ele, como as previsões são de um ano com chuvas acima da média, o que favorece o ataque do fungo, qualquer medida que prolongue a existência da cultura nas lavouras é um risco a mais. “Além do mais, em reunião no dia 14 passado na Secretaria da Agricultura, combinou-se que não haveria antecipação do fim do vazio sanitário.”
O dirigente da Faeg diz que foi pego de surpresa pela decisão da Agrodefesa, justo quando fazia reunião com produtores em Jataí para convencê-los a não antecipar o plantio de soja. Sobre a questão, Maurício Faria explica que, “por um lamentável engano, foi divulgada para os produtores uma Instrução Normativa com data do dia 14 de setembro, que na verdade era apenas uma minuta da medida publicada ontem. (Com informações da Seagro)