Apesar de uma cotação em torno de 6% da abaixo dos valores alcançados pelo arroz no mesmo período do ano passado, a saca de 50 quilos do produto atingiu, pela primeira vez desde o pico de entressafra 2008/09, o patamar médio de R$ 28,41 na semana entre os dias 21 e 25 de setembro. Os valores são do indicador Cepea/Esalq/USP e BM&F – Bovespa, que na última sexta-feira alcançaram R$ 28,40, preço abaixo da média semanal. Na quarta-feira da semana passada, a saca de arroz em casca (58x10) chegou a valer 12 centavos a mais, mas a partir de quinta-feira houve ligeira retração nos valores envolvidos nas transações realmente efetivadas.
O preço do arroz já alcança valorização acumulada de 5,71% no mês (embora tenha chegado a 6,16% esta semana), uma recuperação muito positiva frente aos últimos sete meses. A possibilidade de liquidar os contratos de opção nesta segunda-feira, 28/9 – prazo final para o produtor adquirente exercer o contrato - fortaleceu o mercado.
Conforme relatado anteriormente por PLANETA ARROZ, o suporte dos mecanismos de comercialização, associado à conjuntura internacional e ao bom desempenho das exportações brasileiras, estão fazendo a diferença no mercado interno. O setor aguarda as informações sobre o volume de contratos exercidos para ter uma visão mais clara sobre o futuro do mercado. Entre os produtores a indicação é para exercer parcialmente os contratos, como forma de não jogar excesso de produto nas mãos do governo federal, que poderá voltar ao mercado em momento não oportuno. De qualquer maneira a tendência para outubro é dos preços se manterem na faixa dos R$ 28,50 a R$ 30,00.
A média de preços na semana de 21 a 25 de setembro, ainda segundo o indicador Cepea/Esalq/USP, foi de R$ 28,41, com alta de 1,39%. Em dólar, a média semanal chegou a US$ 15,78, valorizando 1,74%. Na sexta-feira, a cotação do mercado interno alcançou o equivalente a US$ 15,80, acumulando 11,06% de valorização em setembro, considerando também a apreciação do real perante o dólar. No Rio Grande do Sul as intensas chuvas, inclusive de granizo, estão atrapalhando o plantio. Quem opta pelo sistema pré-germinado, neste caso, está em vantagem, realizando a semeadura no barro.
PREÇOS
Na semana que passou a oferta de produto pelo arrozeiro foi restrita, mas ampliou a partir de quinta-feira, quando o próprio indicador Cepea apresentou retração frente à velocidade de alta de segunda à quarta-feira. No mercado livre do Rio Grande do Sul, os preços médios do arroz em casca oscilaram entre R$ 28,00 e R$ 28,50 na maioria das praças. A exceção dos mercados diferenciados do Litoral Norte, onde as variedades nobres com mais de 64% de inteiros alcançam até R$ 32,00 de cotação e as variedades “comuns” de bom rendimento chegam a R$ 29,50. Na Fronteira-oeste o produto de melhor qualidade alcança até R$ 29,50 para variedades de maior potencial. Santa Catarina e Mato Grosso – este em menor proporção – acompanharam a evolução dos preços no Sul.
BENEFICIADO
A saca de 60 quilos do arroz agulhinha, tipo 1, beneficiado, posto em São Paulo, manteve-se com cotação média de R$ 69,40, ICMS incluso, variando da mínima de R$ 65,75 até R$ 74,85. Valores negociados com prazo. O fardo de 30 quilos do tipo 1 elevou a cotação média para R$ 37,95 variando de R$ 35,80 a R$ 47,00 no caso de produtos superiores.
CORRETORA
A Corretora Mercado indicou referencial de R$ 28,00 para a saca de 50 quilos (58x10), em casca. O beneficiado, em 60 quilos, manteve a cotação de R$ 55,00, bem como os subprodutos: o canjicão a R$ 27,00, quirera R$ 21,00 e farelo de arroz a R$ 280,00 por tonelada.
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Apesar de uma cotação em torno de 6% da abaixo dos valores alcançados pelo arroz no mesmo período do ano passado, a saca de 50 quilos do produto atingiu, pela primeira vez desde o pico de entressafra 2008/09, o patamar médio de R$ 28,41 na semana entre os dias 21 e 25 de setembro. Os valores são do indicador Cepea/Esalq/USP e BM&F – Bovespa, que na última sexta-feira alcançaram R$ 28,40, preço abaixo da média semanal. Na quarta-feira da semana passada, a saca de arroz em casca (58x10) chegou a valer 12 centavos a mais, mas a partir de quinta-feira houve ligeira retração nos valores envolvidos nas transações realmente efetivadas.