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Registro - Agricultor brasileiro reduz uso de insumos
Data: 29/09/2009
 
Desvalorização do dólar não foi suficiente para ampliar a compra de produtos, mesmo após a disparada dos preços em 2008.

A produção, importação e venda de insumos agrícolas devem registrar uma drástica queda neste ano na comparação com 2008 por conta dos efeitos da crise no setor. Estimativas preliminares para os oito primeiros meses de 2009 apontam, por exemplo, que a importação de fertilizantes deve cair 49%. Se as compras brasileiras do produto somaram 12,3 milhões de toneladas de janeiro a agosto do ano passado, no mesmo período deste ano deve ter chegado a apenas 6,2 milhões de toneladas.

Esta foi uma das projeções apresentadas por representantes do setor durante a Câmara Setorial de Insumos, que está sendo realizada no Ministério da Agricultura, em Brasília. Outra foi a de que as entregas de fertilizantes ao consumidor final devem ter registrado queda de 15% de janeiro a agosto deste ano (13,4 milhões de toneladas) sobre a base de 2008 (16 milhões de toneladas).

Na produção nacional existe a expectativa de que os números serão mais baixos nos oito primeiros meses deste ano (4,5 milhões de toneladas) do que em idêntico período de 2008 (5,6 milhões de toneladas). As regiões que apresentaram maior recuo de produção, segundo os números apresentados na Câmara Setorial, foram Centro-Oeste (-18,92%) e Norte-Nordete (-17,25%).

No caso dos defensivos, as vendas já apuradas no mês de agosto somaram R$ 1,2 bilhão, 4% a menos do que o total de R$ 1,3 bilhão verificado no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até agosto, a comercialização foi de R$ 6,5 bilhões ante R$ 6,6 bilhões em 2008, uma queda menos expressiva, de 1%. Por tipo de defensivo, mereceram destaques de vendas os herbicidas para milho safrinha, arroz e café; os fungicidas para soja, feijão, batata, tomate e algodão e os inseticidas para soja.

Especificamente sobre o calcário, os componentes da câmara setorial chegaram a uma estimativa para todo este ano de produção doméstica de 19,3 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 22% na comparação com os 24,8 milhões de toneladas obtidas no ano passado. Os três maiores estados produtores sofreriam queda pelas estimativas dos profissionais do setor de 2008 para 2009: Minas Gerais passaria de uma produção de 4,7 milhões de toneladas para 2,8 milhões de toneladas; Paraná, de 4,5 milhões de toneladas para 4 milhões de toneladas e Mato Grosso, de 3,7 milhões de toneladas para 2,6 milhões de toneladas.

O cenário mais otimista traçado pelo presidente da Câmara Setorial de Insumos, Cristiano Walter Simon, para o setor este ano, é o de um empate na produção, importação e vendas dos fertilizantes na comparação com 2008. “Na melhor das hipóteses, teremos números próximos aos do ano passado, mas certamente inferiores àqueles”, considerou. Os preços dos fertilizantes recuaram de 30% a 35% neste ano na comparação com 2008. A queda e o derretimento do dólar não foram suficientes, no entanto, para ampliar a compra de insumos pelos produtores agrícolas, depois da disparada dos preços no ano anterior.

“Realmente, o setor reflete em 2009 a situação da crise na agricultura. Com certeza este é um ano muito mais difícil do que o de 2008”, comparou. Além dos impactos da crise na agricultura, o presidente da Câmara destacou que produtores vêm postergando a compra do produto o máximo possível por conta de assaltos em seus armazéns, roubos de carga, falsificação de produtos e até por conta da indefinição climática.

Setor cobra decisão do governo sobre processos antidumping
O setor de insumos espera uma resposta rápida dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e da Agricultura sobre o pedido das indústrias de fertilizantes com operações no Brasil da reabertura do processo antidumping contra as importações da Rússia e Ucrânia de nitrato de amônia. “Queremos diminuir a dependência externa e que os ministérios trabalhem juntos, pois o interesse é de todos”, disse o presidente da Câmara Setorial de Insumos, Cristiano Walter Simon.

A luta do setor é para que voltem a entrar em vigor as tarifas de importação sobre a matéria-prima, que podem chegar até a 36,3%. Em novembro do ano passado, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou as alíquotas, mas, em seguida, elas foram suspensas porque os preços dos fertilizantes haviam disparado e, consequentemente, ampliado os custos para os produtores agrícolas.

Simon disse também que espera que os ministérios da Agricultura e de Minas e Energia criem um cronograma de atuação único a respeito do plano nacional de fertilizantes. “É preciso ter um entendimento claro (entre as duas pastas), pois só temos um governo”, afirmou. O que o setor deseja, segundo o presidente da Câmara, é a criação de uma política de incentivos para a produção de modo a que possa haver a entrega de um produto de qualidade e preços acessíveis ao agricultor. A discussão de medidas para aumentar a produção de fertilizantes no Brasil está provocando atritos entre os dois ministérios.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, se mostrou “angustiado” com a demora na definição de medidas que reduzam a dependência dos produtores brasileiros em relação aos fertilizantes importados. Por isso, ele vem pressionando colegas de governo, principalmente o de Minas e Energia, Edison Lobão, responsável pela política de exploração mineral do País. O principal ponto de divergência diz respeito a como será regulamentada a exploração das minas de potássio e fósforo. Stephanes quer uma lei específica para esses dois elementos. Lobão, por sua vez, quer uma lei mais geral, um novo Código de Mineração para o País.


Fonte: Jornal do Comércio

 
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