O início da entrada da nova safra do Hemisfério Norte, sobretudo a americana, e a expectativa de que a oferta no Brasil seja um pouco menos apertada do que o inicialmente previsto derrubaram os preços dos contratos futuros da soja na BM&FBovespa em setembro.
Conforme cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) negociados na bolsa, a cotação média da saca de 60 quilos do grão ficou em US$ 21,56 no mês passado, 13,31% menos que em agosto. Em 2009, a valorização acumulada caiu para 17,21%, e nos últimos 12 meses a retração alcança 17,11%, o que não é uma boa notícia para os produtores que se preparam para plantar a próxima safra (2009/10).
Se a pressão das vendas dos EUA já estava prevista, a redução da demanda interna nas últimas semanas surpreendeu. Segundo Renato Sayeg, da Tetras Corretora (que não opera na BM&FBovespa), o movimento decorre da antecipação das compras de farelo deflagrada pelo risco de escassez e pela maior aposta dos agricultores em variedades precoces, que tende a engordar a oferta no país já no fim de dezembro.
Boi gordo, café arábica e milho, as demais commodities agropecuárias negociadas na BM&FBovespa, tiveram pequenas variações em setembro.
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O início da entrada da nova safra do Hemisfério Norte, sobretudo a americana, e a expectativa de que a oferta no Brasil seja um pouco menos apertada do que o inicialmente previsto derrubaram os preços dos contratos futuros da soja na BM&FBovespa em setembro.