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Trigo - Chuvas prejudicam trigo
Data: 20/10/2009
 
Apesar das chuvas, o Paraná ainda é o maior Estado produtor de trigo do país, respondendo por pelo menos 50.9% da produção nacional. A afirmação é do economista do Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Cornélio Procópio, Santo Pulcinelli Filho. Segundo ele, somente no mês de outubro já choveu o equivalente a 238 milímetros na região de abrangência no Núcleo. A nível local já choveu 251 milímetros, enquanto que a média histórica do mês é de 142 milímetros. "Essas condições climáticas adversas têm levado enormes prejuízos aos produtores de trigo na região", disse.

O técnico não acredita ainda que, recursos de R$ 600 milhões anunciados pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes para aquisição de trigo, vai amenizar a crise da triticultura e garantir o preço mínimo.. "O produtor teve perdas significativas de produtividade e qualidade", aponta. Inicialmente, segundo ele, esperava-se uma colheita em torno de 433 mil toneladas já que foram plantados 170 mil hectares nos 23 municípios da região de Cornélio Procópio. No entanto, a partir de julho começou a chover acima do normal, inclusive os índices pluviométricos são os maiores dos últimos 60 anos e o trigo é uma cultura que não gosta muito de chuva e foi atacado por doenças fúngicas, principalmente a bruzone. "Hoje, nossas estimativas giram em torno de 240 mil toneladas de trigo e com a redução do PH, fato que prejudica a comercialização no mercado", lamenta o técnico.

A produtividade esperada estava na faixa de R$ 2,4 a R$ 2,6 mil por hectare plantado, mas o resultado desta safra ficou em torno de R$ 1,4 mil. Isso representa uma redução de 50% só na produtividade. A qualidade do produto também está se refletindo nos preços. Hoje, o preço mínimo para o tipo um de trigo garantido pelo governo seria R$ 33 por saca e o preço de mercado chega no máximo a R$ 20 por saca. "Isso não cobra nem mesmo o custo de produção que está na faixa de R$ 23", observa. Diante disso, o especialista alerta que a maioria dos produtores de trigo não vai conseguir pagar suas dívidas junto aos bancos, cooperativas e revendas de insumos agrícolas.

O economista do Deral local assinala ainda que, a qualidade do produto não é boa e os moinhos, principalmente, vão comprar dentro da especificação de PH, que precisam da matéria prima para a fabricação especialmente da farinha. Isso reflete nos prejuízos para os produtores de trigo que totalizam hoje em torno de R$ 200 milhões nos 23 municípios da região de Cornélio Procópio.

Santo Pulcinelli Filho lembra também que, o país consome anualmente 11 milhões de toneladas de trigo e o Brasil está muito longe de ser autossuficiente na sua produção. Isso, de acordo com ele, obriga o governo a importar aproximadamente 5 milhões 450 mil toneladas de trigo. A produção a nível de Brasil está estimada em 6 milhões de toneladas e o Paraná que é o maior produtor deve colher apenas 3 milhões de toneladas de trigo. "Isso vai obrigar o país a importar mais trigo para suprir a demanda do mercado interno", enfatiza.

Na sua opinião, esta conjuntura atual deve se refletir no próximo plantio, inclusive, com perspectivas de redução de plantio de trigo na região de Cornélio Procópio, porque os produtores estão cansados de somar prejuízos e não encontrar resposta de incentivo por parte do governo.


Fonte: Agora Cornélio - PR
 
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