Cafe - Colômbia registra aumento de 600% nas importações de café
Data:
21/10/2009
As importações de café na Colômbia seguem ativas. No encerramento do primeiro semestre deste ano, segundo as estatísticas da Dian (Direção de Impostos e Aduanas Nacionais), as compras cresceram mais de 600% se comparado com o mesmo período de 2008. Isso significa que o país importou nos primeiros seis meses do ano 307.960 sacas, entre verde, torrado e descafeinado, contra 39.616 sacas no mesmo período do ano anterior. Apenas no café verde, as importações de janeiro a agosto, atingiram 508.819 sacas, o que representa muito mais que o adquirido em todo ano de 2008 — 167 mil sacas. Segundo prognósticos, a Colômbia importará este ano para abastecer seu consumo interno cerca de 600 mil sacas, um nível recorde, sendo que tal número ainda poderá ser maior. A Colômbia autorizou as importações de café em 2004, com uma taxação de 20%, sendo que em médias elas ficam no nível de 200 mil sacas. O único período que destoou foi o de 2005, quando atingiu 445 mil sacas. Isso, que pode parecer um verdadeiro paradoxo para o terceiro maior produtor mundial do grão, mas é explicável pelo fato de a Colômbia ter observado a sua produção mais baixa da última década, devido ao clima, fertilizações irregulares e um programa de renovação de lavouras. O país consome anualmente 1,2 milhão de sacas de café, ou seja, 10% da produção estimada na média dos últimos anos. Em 2009, a produção se posicionou em cerca de 9 milhões de sacas, gerando um déficit de 300 mil sacas para o consumo local. Segundo assinalou o presidente executivo da Asoexport (Associação Nacional dos Exportadores de Café da Colômbia), Jorge Lozano, as importações podem ser consideradas normais, dentro de um contexto de escassez. "Algumas pessoas chegaram a especular que os exportadores de café importam do Peru para reexportar. Isso é totalmente falso. Esse café é para atender a demanda local", disse De acordo com registros da Dian, no primeiro semestre foi importado café verde do Equador e do Peru, principalmente. Apenas entre julho e agosto as importações de verde chegaram a 217.319 sacas. O diretor executivo da Associação Nacional para a Salvação Agropecuária, Aurelio Suárez, destacou que uma parte dos cafés comprados é do Vietnã, porém, entra através do Equador. O café com algum processamento, como torra, descafeinado e moído, foi importado do Peru, Brasil, Itália e até do Líbano, de acordo com a Dian. Os cafeicultores não se opõem às importações, não podem proibir as compras externas, porém têm solicitado ao governo um controle especial sobre as aquisições, mediante um registro temporário, visando saber a procedência e a quantidade de café que ingressa no país.
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As importações de café na Colômbia seguem ativas. No encerramento do primeiro semestre deste ano, segundo as estatísticas da Dian (Direção de Impostos e Aduanas Nacionais), as compras cresceram mais de 600% se comparado com o mesmo período de 2008. Isso significa que o país importou nos primeiros seis meses do ano 307.960 sacas, entre verde, torrado e descafeinado, contra 39.616 sacas no mesmo período do ano anterior. Apenas no café verde, as importações de janeiro a agosto, atingiram 508.819 sacas, o que representa muito mais que o adquirido em todo ano de 2008 — 167 mil sacas. Segundo prognósticos, a Colômbia importará este ano para abastecer seu consumo interno cerca de 600 mil sacas, um nível recorde, sendo que tal número ainda poderá ser maior. A Colômbia autorizou as importações de café em 2004, com uma taxação de 20%, sendo que em médias elas ficam no nível de 200 mil sacas. O único período que destoou foi o de 2005, quando atingiu 445 mil sacas. Isso, que pode parecer um verdadeiro paradoxo para o terceiro maior produtor mundial do grão, mas é explicável pelo fato de a Colômbia ter observado a sua produção mais baixa da última década, devido ao clima, fertilizações irregulares e um programa de renovação de lavouras. O país consome anualmente 1,2 milhão de sacas de café, ou seja, 10% da produção estimada na média dos últimos anos. Em 2009, a produção se posicionou em cerca de 9 milhões de sacas, gerando um déficit de 300 mil sacas para o consumo local. Segundo assinalou o presidente executivo da Asoexport (Associação Nacional dos Exportadores de Café da Colômbia), Jorge Lozano, as importações podem ser consideradas normais, dentro de um contexto de escassez. "Algumas pessoas chegaram a especular que os exportadores de café importam do Peru para reexportar. Isso é totalmente falso. Esse café é para atender a demanda local", disse De acordo com registros da Dian, no primeiro semestre foi importado café verde do Equador e do Peru, principalmente. Apenas entre julho e agosto as importações de verde chegaram a 217.319 sacas. O diretor executivo da Associação Nacional para a Salvação Agropecuária, Aurelio Suárez, destacou que uma parte dos cafés comprados é do Vietnã, porém, entra através do Equador. O café com algum processamento, como torra, descafeinado e moído, foi importado do Peru, Brasil, Itália e até do Líbano, de acordo com a Dian. Os cafeicultores não se opõem às importações, não podem proibir as compras externas, porém têm solicitado ao governo um controle especial sobre as aquisições, mediante um registro temporário, visando saber a procedência e a quantidade de café que ingressa no país. 