Em busca de novo apoio do governoIntegrantes da cadeia produtiva do trigo estão insatisfeitos com as medidas adotadas pelo governo federal para apoiar o setor. Por causa do excesso de chuva, das 6 milhões de toneladas previstas inicialmente, cerca de 3 milhões de toneladas devem ser colhidas.
Para garantir a compra do produto nacional e a renda do agricultor, a União resolveu agir. Uma das medidas foi aumentar o preço mínimo atualmente em US$ 530 a tonelada. A indústria voltou a reclamar, dizendo que o valor está acima do mercado, algo que o próprio governo reconhece. Representantes do setor estiveram reunidos, ontem, em São Paulo.
– A solução encontrada foi o leilão de Prêmio de Escoamento de Produto. A ideia é fazer um pregão por semana – disse José Maria dos Anjos, do Ministério da Agricultura.
No primeiro leilão da Companhia Nacional de Abastecimento, ontem, das 182 mil toneladas ofertadas, 136 mil foram arrematadas.
Em um ponto, produtores e indústrias concordam: as medidas do governo apenas remediam, mas não resolvem o problema do setor. Uma alternativa apontada pelos especialistas seria um grande acordo, onde todos os elos da cadeia: moinhos, agricultores e governo teriam de ceder um pouco.
O problema é antigo. A indústria diz que a maior parte do trigo produzido no Brasil tem qualidade inferior à necessária. Esse é um dos motivos para procurar matéria-prima no Exterior, problema que ficou mais grave este ano por causa da safra reduzida. Apesar disso, os triticultores garantem que têm investido para melhorar a produção.
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Em busca de novo apoio do governoIntegrantes da cadeia produtiva do trigo estão insatisfeitos com as medidas adotadas pelo governo federal para apoiar o setor. Por causa do excesso de chuva, das 6 milhões de toneladas previstas inicialmente, cerca de 3 milhões de toneladas devem ser colhidas.