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Trigo - Nuvens sobre os trigais
Data: 13/11/2009
 
Qualidade regular e estoque cheio provocam expectativa de que produção menor no Mercosul eleve os preçosCom o trigo quase pronto para colher, o agricultor Ângelo Beccari, 59 anos, de Passo Fundo, prepara-se para mais uma safra de espera. Com previsão de repetir a colheita do ano anterior, onde na mesma área de 30 hectares conseguiu obter 1.380 sacas de trigo, Beccari se preocupa com o destino da produção. Até hoje, cerca de 500 sacas colhidas em 2008 ainda não foram vendidas e esperam comprador em uma empresa cerealista.

A situação do produtor de Passo Fundo se repete em muitas propriedades que apostam no cereal como principal cultura de inverno. Com uma produtividade de 45 sacas por hectare no ano anterior, ele espera manter esse marco para conseguir ter lucros, mas esbarra na hora de vender. Conseguiu R$ 28,80 por saca em 2008 e agora espera atingir um mínimo de R$ 31 para lucrar.

Estoques cheios engessam os negócios e provocam preocupação em quem produz. Este ano, a produção menor no Mercosul pode colaborar com o triticultor. Problemas na qualidade e produtividade do grão colhido no Paraná, líder na produção no país, abrem espaço no mercado.

– Teremos um trigo de melhor qualidade aqui do que no Paraná. Isso pode resultar na melhora dos preços pagos ao produtor e dar mais oportunidades – observa Gerson Pretto, presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado do Rio Grande do Sul (Sinditrigo/RS).

Por enquanto, não foram registrados problemas graves na lavoura gaúcha. Mesmo com uma precipitação acima do normal no mês passado, o grão deve apresentar qualidade regular. Para o pesquisador Ataídes Jacobsen, agrônomo da Emater, o trigo gaúcho tem surpreendido diante do quadro de intensas chuvas. Há possibilidades de que o cereal apresente qualidade inferior, mas esse quadro ainda não está definido. A previsão da Emater é de que o Estado colha 1,7 milhão de toneladas em uma área de 864 mil hectares.

Na região de atuação da Cotribá, de Ibirubá, a qualidade do trigo colhido até agora é boa, afirma o agrônomo Ricardo Franken, mantendo um peso hectolítrico (PH) superior a 78. Abaixo dessa medida, o grão pode ter preço reduzido.

O mercado do trigo terá um ingrediente extra nesta safra. A quebra brusca na produção Argentina, que por causa de políticas internas e da estiagem deixará de produzir 10 milhões de toneladas, deve respingar por aqui. Com produção estimada em 5 milhões de toneladas, o Brasil terá de importar pelo menos 6 milhões de toneladas para abastecer o apetite da indústria local.

Como a Argentina terá menos cerca de 2,5 milhões de toneladas para vender, o Brasil terá de se abastecer em outros mercados, como Paraguai, Uruguai, Canadá, Rússia e Ucrânia. O grão dos Estados Unidos entrou esta semana na lista dos produtos que podem ter entrada dificultada por conta da retaliação autorizada pela Organização Mundial do Comércio.

A menor oferta pode elevar o preço do trigo, que por outro lado amarga a queda vertiginosa do dólar. No início de novembro de 2008, o dólar estava a R$ 2,17, enquanto agora está ao redor de R$ 1,70.

– Esperamos que o governo federal mantenha o preço mínimo do cereal. A dica é de que o produtor que conseguir entrar no PEP (Prêmio para Escoamento da Produção) o faça para conseguir um preço razoável – sugere Élcio Bento, consultor da Safra e Mercado. Na última safra, metade do trigo foi comercializada pelos mecanismos de compra do governo federal. Atualmente, o preço mínimo exigido pelos produtores oscila entre R$ 30 e R$ 31. O mercado está pagando entre R$ 23 e R$ 25 a saca.


Fonte: Zero Hora
 
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