Agricultores do Paraná estão enfrentando problemas com a infestação da buva nas lavouras de soja. A planta é uma erva invasora que prejudica a produtividade.
O agricultor Hélio Barbieri planta soja em Maringá, na região noroeste do Paraná. Ele contou que está preocupado com o avanço da buva, uma erva invasora que tem se tornado resistente nas últimas safras. Por todos os lados, nos 30 hectares plantados, é possível encontrar a praga. Ele já fez duas aplicações do herbicida glifosato, mas as plantas continuam vivas. “Tem muita buva, é de difícil controle e a gente está preocupado”, falou.
Agrônomos da Cocamar, a cooperativa de Maringá, acompanha a expansão da buva no Estado. Segundo eles, a planta veio se alastrando desde o Rio Grande do Sul e começou infestando lavouras paranaenses nas regiões sudoeste, oeste e norte do Estado. Já existem registros em Mato Grosso do Sul e até no Paraguai.
A semente da buva pode se espalhar por um raio de 60 quilômetros. Por isso, a dispersão é rápida e a infestação tão grande. Na região de Maringá, a buva tomou conta das lavouras. Noventa por cento das áreas têm registro dessa praga. A orientação dos agrônomos é para que os produtores façam o controle antes de iniciar o plantio da soja.
“A recomendação da cooperativa para os nossos produtores é a cobertura de solo com a braquearia ou em consórcio com o milho ou ela solteira. Por que impede que a semente da buva entre em contato diretamente com o solo, fazendo com que a planta daninha, de difícil controle na região germine. E a outra semente que está no perfil do solo não consegue germinar devido à cobertura de solo com a braquearia”, explicou o agrônomo Paulo Machinski.
Depois de infestada, o controle da buva teria de ser feito usando uma grande quantidade de herbicidas. Na área, os técnicos da cooperativa de Maringá realizam testes para verificar os produtos mais adequados e o custo de produção das aplicações. Eles chegaram a uma conclusão nada animadora.
“Vai aumentar o custo com esse tipo de manejo”, falou o agrônomo Adriano Bartchechen.
O ideal, na hora de enfrentar a buva, é consultar um agrônomo para se decidir a melhor forma de controlar a erva.