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Milho - Fim dos leilões de PEP colabora para esfriar mercado do milho
Data: 19/11/2009
 
O mercado do milho no Brasil continua dando sinais de enfraquecimento. Nessa quarta-feira (18), o mercado nas regiões produtoras do Paraná foi reportado na média de R$ 15,95/saca, com uma ligeira perda de sustentação na semana. Ainda assim, a média é moderadamente superior aos últimos quatro meses. Valores um pouco mais fracos também em Goiás, onde as indicações oscilam mais comumente no intervalo de R$ 14 a R$ 15/saca nas principais regiões de produção. A referência no mercado disponível de Campinas/SP é reportada na média de R$ 20,55/saca CIF, com uma queda de 2,3% no mês.

O fim dos leilões de PEP da Conab pode estar, sem dúvida, colaborando para o enfraquecimento do mercado interno, já que nos portos a remuneração continua muito abaixo dos preços praticados nas principais regiões de consumo. Ancorado na alta da soja, o milho em Chicago chegou a atingir US$ 161/tonelada (+1,74%) nesta quarta-feira em Chicago, mantendo seus melhores níveis desde o mês de junho, sustentado pelo quadro climático norte-americano.

O mercado norte-americano acabou perdendo força no final do dia, frente à pressão por realizações de lucros, passando a operar levemente negativo. O importante é que nos portos brasileiros a indicação fica estimada ao redor de somente R$ 17,70/saca FOB, cuja influência sobre o mercado interno passa a ser maior com o fim dos subsídios de escoamento leiloados nos últimos meses pela Conab. Com a mínima possibilidade de sustentação do dólar acima da barreira de R$ 1,70, as chances de alguma recuperação de preços nas regiões produtoras para o decorrer final desta entressafra voltam a ficar praticamente nulas.

Pelo sexto pregão consecutivo, preços levemente negativos voltaram a ser negociados hoje na BM&F. O contrato de janeiro de 2010 oscilou ao redor de R$ 20,92/saca (Campinas/SP), acumulando uma queda de 5,6% nos últimos trinta dias. Apesar da oscilação negativa, este referencial a futuro também encontra-se bem acima da paridade nos portos, por isso com mínimas chances de recuperação.


Fonte: FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás
 
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