Página Inicial
Sobre a Mercado
Histórico
Palestras
Contato
Links
Login:
Senha:
Credenciada na
 
 
Ligue:
(51) 3086-8700
Cadastro
Links Úteis
>> Pessoa Física
>> Pessoa Jurídica
>> Autorização de Corretagem na BBM
>> Envie seu Curriculum
Porto Alegre, domingo, 19 de janeiro de 2025
 
Notícias
Voltar para Página Anterior Pesquisar Notícias Imprimir esta Notícia
:: Acompanhe as notícias do mercado de cereais
 
Soja - Em queda contínua, custos aliviam bolso do produtor
Data: 24/11/2009
 
Redução foi maior no milho, que consome mais fertilizantes, do que na soja. Mas nem todos os agricultores conseguiram tirar proveito da queda.

O resultado final da safra ainda depende do clima, mas pelo menos uma boa notícia já está confirmada. Os custos de produção, que explodiram e complicaram a vida do produtor na ciclo passado, estão mais baixos nesta temporada. Levantamento da Expedição Safra RPC mostra que plantar soja no Brasil ficou em média14,6% mais barato neste ano e que o desembolso do milho caiu 20,5% na comparação com o ciclo anterior.

Mas nem todo mundo conseguiu tirar proveito da queda. Isso porque o preço dos principais itens que compõem a “cesta básica do campo” vem caindo gradualmente nos últimos meses e, por isso, o porcentual de redução dos custos varia de acordo com a época que o produtor foi às compras. No geral, quem deixou para comprar insumos mais tarde levou vantagem.

“Fiz minhas compras mais cedo (janeiro), à base de troca, e o custo ficou em 28 sacas/hectare. Se tivesse esperado até julho teria conseguido uma relação melhor, de 25 sacas/hectare”, lamenta Alfredo Horn, de Nova Mutum (MT). Horn vive o mesmo drama da maioria dos produtores brasileiros.

Roberto Hasse, de Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, comprou os insumos para a safra de verão em fevereiro. Ele afirma ter gasto cerca de 30% a menos com adubos neste ano, mas diz que se tivesse feito as compras mais tarde a economia poderia ter sido de até 50%. “Comprei o 11-28-15 para a soja, que no ano passado custava R$ 110 a saca, por R$ 66. Se fosse comprar hoje, gastaria apenas R$ 40”, ilustra.

Altair Fianco, de Uruçuí (PI), conseguiu reduzir seus custos de produção comprando os insumos antecipadamente no ano passado. A estratégia deu tão certo que ele resolveu repetir a dose neste ano. Mas desta vez o resultado não foi tão bom assim. Ele cita o exemplo do cloreto de potássio, que no ano passado custava R$ 1,8 mil a tonelada. Em julho deste ano, Fianco comprou por R$ 1,58 mil. Hoje, o preço caiu para R$ 1 mil. “Só aí perdi R$ 300 mil”, calcula.

Argino Bedin, produtor de grãos em Sorriso e Nova Ubiratã (MT), calcula que baixou suas despesas diretas em 10% em relação ao ano passado, mas que o recuo poderia ser de até 20%, a depender da época de contratação da safra.

“O adubou baixou neste ano, mas o preço de todos os outros insumos subiu. Além disso, o ano passado não é referência. Estava tudo muito caro”, compara Wanderley Esteves, de Matelândia, no Oeste paranaense.

Clóvis Albuquerque, agrônomo e consultor do Sindicato dos Produtores Rurais de Primavera do Leste, confirma que a redução é significativa ante o último ciclo, mas que o porcentual depende da época em que o produtor comprou o adubo. “O fertilizante baixou de US$ 550 para US$ 250 a tonelada na mesma safra. E como no Mato Grosso o adubo representa 28% do custo de produção, uma pequena redução tem um um grande impacto nos custos.”

Gastos menores compensam desvalorização dos grãos
O produtor Antoninho Tozi, de Balsas (MA), prefere ser prático a respeito dos custos. Para ele, a variação dos preços dos insumos pouco dizem sobre a safra. O mais importante é o retorno do investimento. “Estamos gastando o equivalente a 35 sacas (considerando a cotação de R$ 38) para plantar um hectare de soja. Na safra passada, gastamos 42 (a R$ 40)”. A queda foi de R$ 1,68 para 1,33 mil (20%) em valores nominais.

Sua avaliação mostra que, mesmo considerando a queda na cotação da commodity, há mais chances de lucro nesta safra. Resta saber, no entanto, quais preços estarão valendo no momento da venda da produção. Em sua região, quem tenta travar preço para a época da colheita se depara com cotações na base de R$ 30 a saca – R$ 38 só recebe quem tem soja para entregar agora, na entressafra. “Quem sabe quais serão os preços ano que vem?”, desafia Tozi.

Seus custos são considerados baixos por outros produtores. Favorino Thomazi, de Correntina (BA), afirma ter gastado o equivalente a 50 sacas por hectare, considerando a cotação de sua região, R$ 35. A soma dá R$ 1,75 mil, mais do que a maioria dos produtores diz ter gastado na safra passada. Com o alto investimento, ele espera colher 60 sacas por hectare, 10 a mais que Tozi. “Na hora da venda, vamos receber cerca de R$ 35 por saca. Os preços em real não vão variar muito até lá”, aposta o agricultor entrevistado na Bahia.

Os custos não perdoam os produtores que contam com pior infraestrutura. Pelo contrário. São justamente nessas regiões que os insumos chegam mais caros. Podem ser inclusive menores em áreas privilegiadas pelo clima, tornando o rendimento ainda mais variável. Há regiões que produzem sementes – e recebem pelo menos 10% mais na hora da venda – contando com custos abaixo da média. É o caso de Abelardo Luz (SC), na divisa com o Paraná. “Os produtores estão investindo cerca de R$ 900 por hectare de soja”, calcula Fabrício Stefani, produtor e presidente da Cooperativa de Alimentos e Agropecuária Terra Viva. Com altitude próxima de 900 metros e clima moderado, o Oeste catarinense não precisa fazer esforço extra para colher grãos para germinação.


Fonte: Gazeta do Povo
 
:: Notícias Atualizadas
 
 
 
Copyright © 2004 Corretora Mercado | Política de Privacidade | Desenvolvido por M23