Dezenove dos 31 investidores e analistas, de Tóquio a Chicago, entrevistados pela Bloomberg, afirmaram que os preços da soja devem subir ainda mais esta semana devido a especulações de aumento na demanda.
As exportações norte-americanas subiram 6,1% e chegaram a 1,35 milhões de toneladas na semana que se encerrou no dia 12 de novembro. Desse volume, 724.700 toneladas foram para a China, de acordo com informações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
A demanda da China pela soja não parece que irá diminuir e está aumentando os preços da oleaginosa toda semana”, disse Han Sung Min, do Korea Exchange Bank Futures Inc. “Os compradores parecem estar ansiosos para garantir as safras norte-americanas, já que as safras da América Latina se mantêm incertas”.
A soja para janeiro subiu 18,75 centavos de dólar, ou 1,8%, para US$ 10,6475 o bushel na Bolsa de Chicago, às 12h08, no horário de Paris. Este foi o nível mais alto para o contrato mais ativo desde o dia 13 de agosto.
As exportações nacionais nas duas primeiras semanas de novembro estavam duas vezes maiores que a média de outubro. A soja subiu 6% na semana passada, a maior alta em seis semanas.
Safra argentina
“A soja continua a crescer no mercado, com novos ganhos nesta manhã”, informou a Agritel, consultoria baseada em Paris. “Neste contexto, as condições climáticas no hemisfério sul continuam sendo importantes”.
A produção de soja na Argentina, o terceiro maior produtor do mundo, deve ficar menor que a estimativa do USDA, de 53 milhões de toneladas, já que o El Niño deve reduzir as chuvas.
O milho para março subiu 6 centavos de dólar, ou 1,5%, para US$ 4,13 o bushel. O contrato mais ativo subiu 0,3% na semana passada, na terceira alta consecutiva. No dia 18 de novembro, a commodity alcançou US$ 4,25, o maior preços em quase cinco meses.
A colheita norte-americana de milho estava 54% até o dia 15 de novembro, depois que o clima úmido e frio atrasou as colheitas, de acordo com o relatório divulgado na semana passada pelo USDA.
“O milho se mantém atrasado, com estimativas de colheita entre 60% a 65%”, informou a Agritel. “A qualidade do milho norte-americano continua sendo um problema”.