Soja - EUA comprometem 77% de seu excedente exportável de soja
Data:
04/12/2009
Sob um contexto de poucas novidades, os operadores receberam nesta quinta-feira (03) mais um relatório semanal de exportações nos Estados Unidos (EUA). Os números continuam positivos ao mercado externo da soja, apesar de trazerem nesta semana um volume mais baixo, bastante natural após os elevados negócios reportados nas três semanas anteriores. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações norte-americanas de soja na semana de 20 a 26 de novembro somaram 723 mil toneladas, com a China ainda na liderança das compras, adquirindo 43% do total.
Mais de 1 milhão de toneladas foram exportadas em cada um das três semanas anteriores. Em virtude desta queda, o mercado em Chicago oscila firme, mas de forma um pouco mais lenta nessa quinta-feira. O contrato de maio de 2010, negociado na quarta-feira (2) a US$ 10,46/bushel (-2,2%), atinge nesta quinta-feira uma máxima de US$ 10,57/bushel (+1%). O contexto de firmes preços em Chicago ocorre em razão de um número em exportações totais ainda muito elevado nos Estados Unidos (EUA). Os compromissos externos no país já somam quase 28 milhões de toneladas, significando 77% do total em embarques projetado para esta safra 2009/10.
Por enquanto, as exportações de soja nos EUA são 58% mais elevadas do que no mesmo período da safra passada, basicamente em razão do forte ritmo antecipado de compras por parte da China. Logicamente que a quebra de colheita na Argentina e o esgotamento dos estoques no Brasil colaboram com este ritmo. No último mês de novembro, por exemplo, os embarques de soja em grão no Brasil somaram irrisórias 186 mil toneladas, contra 723 mil toneladas em outubro e 724 mil toneladas em novembro de 2008. Fora o ritmo das exportações globais, os operadores concentram atenções também no excesso de chuvas em regiões do sul do Brasil.
Na Argentina, a semeadura alcançou 66% da suposta área total, projetada neste ano em 19 milhões hectares, 7% superior ao ano passado. O quadro de chuvas é satisfatório no país vizinho, com o ritmo de plantio um pouco mais rápido do que no ano passado. O excesso de chuvas especialmente no Rio Grande do Sul melhorou um pouco a situação dos prêmios para 2010 nos portos brasileiros. As sinalizações de preços continuam relativamente firmes aos produtores brasileiros. O destaque negativo é que o câmbio doméstico voltou a assustar, se aproximando da barreira de R$ 1,70/dólar nesta quinta-feira, atingindo uma mínima no início da manhã de R$ 1,704.
Fonte: FAEG - Federação da Agricultura do Estado de Goiás