Soja - Aparecimento de pragas nas lavouras de soja preocupa agricultores gaúchos
Data:
07/12/2009
Agricultores gaúchos estão preocupados com o aparecimento de pragas nas lavouras de soja. Com o excesso de chuva, o problema apareceu mais cedo.
De longe, os danos na plantação de soja na propriedade em Cruz Alta, no noroeste do Rio Grande do Sul, não aparecem com facilidade, mas é só chegar mais perto que o estrago fica visível.
Nesta safra, o que chama a atenção dos agricultores do noroeste gaúcho é o aparecimento precoce de pragas nas lavouras de soja. O monitoramento diário pode prevenir os ataques.
A lagarta, que se alimenta das folhas da soja, é uma antiga inimiga dos agricultores. No ano passado, os problemas com a praga só apareceram no fim do mês de janeiro. Este ano, ela chegou mais cedo.
O agricultor Gilberto Scapin está preocupado. As chuvas têm dificultado o trabalho no campo. Ele não consegue entrar na lavoura para fazer o tratamento preventivo.
“O surto dela está iniciando no início do crescimento vegetativo da soja, que não é normal, não é comum. Normalmente, ela atinge já a soja num desenvolvimento maior”, explicou Scapin.
A lagarta se reproduz rapidamente. Se não controlada em tempo, pode até diminuir a produtividade, comprometendo o rendimento das lavouras.
Nas áreas recém plantadas, Gilberto Scapin faz a vistoria e encontra mais uma surpresa desagradável: os tamanduás da soja. A presença do pequeno inseto preto em alguns pés pode ser uma ameaça ainda maior se comparada com a ação da lagarta.
“O tamanduá é uma praga que ultimamente não temos tido problema com ele, mas temos que observar porque é uma praga, que se a incidência é grande, causa também danos econômicos”, esclareceu Scapin.