Em Prudentópolis, na região central do Paraná, a produtividade do feijão preto da safra das águas foi afetada pela umidade e o preço, em queda, também desestimula os agricultores.
Os irmãos Antonio e José Kuibida esperavam colher 140 sacas de feijão, em uma área de seis hectares, mas a chuva fez a produção cair pela metade e encheu os agricultores de preocupação.
O ritmo desta safra já começou mais lento. O clima não colaborou com a safra anterior e, por isso, os agricultores investiram menos e diminuíram a área plantada. No município de Prudentópolis, região centro-sul do Paraná, a área foi reduzida em 20%.
Voltou a chover em excesso e a produção deve cair pela metade, de 36 mil toneladas previstas, 18 mil devem ser colhidas.
É no momento da colheita que o agricultor vê se todo o trabalho valeu a pena. Fazendo as contas, poucos estão contentes. A saca de 60 quilos está sendo vendida a 50 reais.
“Plantar tudo e ficar no prejuízo? Tem que pagar aluguel e não vai sobrar nada para nós”, lamenta José Kuibida.
A lavoura de Antônio Ternowski foi ainda mais afetada. Na safra passada, ele produziu 18 toneladas de feijão. Agora não deve passar de cinco. “Com São Pedro a gente não tem como brigar, agora veja a situação do comércio do Brasil, isso é lastimável. Vender feijão a cinqüenta "conto”, reclama Antônio Ternowski, agricultor.