Geral - Chuva beneficia lavouras de soja, milho e cana
Data:
30/12/2009
Com umidade elevada, porém, produtores devem intensificar[br]monitoramento contra a ferrugem asiática
Fábio Marin
A primeira semana do verão teve tempo típico, com muito calor e chuva em praticamente todo o Estado. A temperatura máxima chegou a 33 graus na maioria das localidades, enquanto a mínima oscilou em torno dos 20 graus.
A precipitação acumulada ficou acima de 25 milímetros na maior parte do Estado, suprindo a demanda hídrica das culturas e mantendo a umidade do solo próxima da capacidade máxima de armazenamento. Apenas em Ilha Solteira, Itapeva, Presidente Prudente e Ribeirão Preto houve leve deficiência hídrica.
Em Campinas, Franca, Piracicaba, São Carlos e Votuporanga, ao contrário, houve excedente hídrico, com efeitos sobre as estradas rurais e erosão nas áreas sem a sistematização adequada.
A chuva contínua também elevou o risco de perdas decorrentes do ataque de pragas e doenças nas lavouras e pomares. Além do tempo nublado, o longo período de orvalho à noite facilita a propagação de patógenos.
Os produtores de soja devem aumentar o monitoramento contra a ferrugem, pois na última semana surgiram quatro casos da doença no Estado. Agora, há casos registrados em Ibirarema e Campos Novos Paulistas, no sudoeste, e em Jaboticabal e Ituverava, no centro-norte.
Em contrapartida, a chuva regular favorece o crescimento vegetativo das lavouras de soja, milho e cana, assegurando níveis elevados de produtividade.
PASTAGENS
As pastagens também têm sido favorecidas pelas chuvas regulares e o calor, com boa disponibilidade de forragem para o gado. Apesar da leve alta na cotação no boi gordo ao longo da semana, o mercado ainda sente a queda na demanda.
A chuva também prejudicou a formação da produção e a colheita da manga na região de Taquaritinga, com perdas que podem chegar a 50%.
Também houve dificuldade para a colheita de pêssego em Avaré; da banana em Registro e Juquiá; da ameixa em Mogi das Cruzes e Jarinu; de blueberry em Campos do Jordão; do figo em Valinhos, Indaiatuba e Campinas; da lichia em Tupã, Avaí e Bastos, e da macadâmia e da castanha portuguesa em Santa Rita do Passa Quarto e São Sebastião da Grama.
*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima, acesse www.agritempo.gov.br