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Geral - Chuva mata animais e destrói lavouras no RS
Data: 07/01/2010
 
Os prejuízos ocasionados pela chuva não se limitam à agricultura e atingem também criações de animais, especialmente nos vales do Rio Pardo e Taquari. O número de exemplares perdidos ainda é impreciso, mas há casos que sinalizam forte prejuízo em algumas localidades. Conforme a Acsurs, pelo menos dois casos, ambos no Vale do Taquari, dão conta da morte de mil matrizes, reprodutores e leitões. No entanto, somente na Granja Kuhn, no município de Travesseiro, mil matrizes e leitões morreram quando a água invadiu galpões.

Em Marques de Souza, o criador Auri Henicka, responsável pela Granja Marquesa, com 50 anos de atividade e tradição de prêmios na Expointer, assistiu impotente enquanto a enxurrada carregou um terço da criação de matrizes e reprodutores Landrace e Large White. Foram-se cerca de 400 animais, avaliados em R$ 500,00 cada. "Temos 12 chiqueiros. Os quatro que ficam a aproximadamente um quilômetro do rio foram invadidos. As pessoas viam nossos animais sendo arrastados, alguns se debatendo, outros mortos", conta Henicka. A proprietária Karmen Scheuer estima os prejuízos em mais de R$ 1 milhão. Em Progresso, segundo a responsável pela assistência técnica e fomento da Cosuel, Marli Fontana, 426 suínos morreram afogados depois que a água invadiu a instalação.

Bovinos leiteiros e aves também foram perdidos na região. Conforme a Fetag, há registro de propriedades que tinham dez vacas e depois da passagem das águas ficaram com apenas três. Em um aviário de Teutônia, 15,6 mil aves se afogaram. A situação provocou alerta da Emater quanto à sanidade. Conforme a diretora técnica Águeda Mezomo, os criadores devem ficar atentos na hora de enterrar animais mortos para evitar o comprometimento dos lençóis freáticos.

Até segunda-feira, a Emater apresenta relatório. "Vamos propor plano de emergência, indicando volume de precipitação dos últimos dias, avaliando alagamentos e apontando recomendações técnicas", disse Águeda. O documento terá alternativas para auxiliar agricultores, como agilização do seguro agrícola e criação de mecanismo para repor de animais.

Mais de 80% da lavoura de fumo estava colhida, mas a chuva destruiu galpões de armazenagem. O gerente técnico da Afubra, Iraldo Backes, alerta que não há seguro para enchente. Segundo ele, haverá queda de 10% no rendimento e redução na qualidade.


Fonte: Correio do Povo
 
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