Milho - Maior liberdade para exportar animou o cultivo de milho na Argentina
Data:
08/01/2010
A diferença da variação de opiniões na soja e no desanimado trigo, a perspectiva de exportar se faz prever uma produção de 15,5 milhões de toneladas, 15% a mais que em 2009.
Enquanto que as estimativas locais e internacionais da colheita de soja argentina apresentam variações de até 8 milhões de toneladas (entre 45 e 53 milhões), as projeções em relação ao milho estão se aproximando.
Ontem a consultoria Informa dos Estados Unidos calculou que a Argentina irá colher no próximo outono uns 15,5 milhões de toneladas de milho, em relação aos 13 milhões que tinha estimado em dezembro. Segundo a agência Reuters, a consultora considerou que “as chuvas superiores às normais que foram registradas em dezembro na Argentina ajudaram os cultivos a se recuperarem de uma primavera seca”.
Assim, esta estimativa foi a mais recente da Bolsa de Cereais de Buenos Aires que estimou uma colheita de 15,8 milhões de toneladas do cereal. Embora a área semeada com milho tenha diminuído, pelo segundo ano , o maior investimento em tecnologia (fertilizantes, agroquímicos) e o clima estariam fazendo a diferença.
Enquanto que na campanha 2007/2008 foram semeados 4,2 milhões de hectares com este cereal, e na anterior 3,4 milhões, na atual seriam 3 milhões cultivados com o milho. O Ministério da Agricultura, que está retomando as diversas estimativas agrícolas que tinha abandonado desde o final de 2008, calculou em seu informativo de dezembro passado, que a semeadura de milho, que está terminando, será de 3,16 milhões de hectares.
Os rendimentos por hectares esperados poderão alcançar o recorde da campanha agrícola 2006/2007 e elevar a produção em uns 15% em comparação com a anterior.
No entanto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que em dezembro estimou uma colheita de milho argentino de 14 milhões de toneladas, poderá incrementar as estimativas no seu informativo deste mês.
Segundo o Departamento de Estudos Econômicos da Bolsa de Comércio de Rosario (BCR), foram as menores as restrições às exportações deste cereal, o que melhorou o humor dos produtores e, em conseqüência, seus investimentos. ”A atividade no mercado esteve intimamente ligada à possibilidade de realizar exportações”, completou no seu último informativo, que destaca que, em todo o ano de 2009, a ONCCA outorgou licenças de exportações em 10,44 milhões de toneladas.
Desde a projeção do aumento de colheita, a BCR expõe que também as exportações de milho argentino poderiam ser maiores que as atuais, “o que acabaria assegurando uma maior presença do setor exportador” e, em conseqüência, melhores preços. Este seria o ânimo.
Fonte: El Cronista Comercial, Buenos Aires. E-campo - Tradução Portal Agrolink