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Geral - Sistema de integração é testado
Data: 09/02/2010
 
Fazendas da região Norte de Mato Grosso estão servindo de campo experimental para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nas pesquisas de um novo sistema de integração para o setor agropecuário. Uma delas fica nos limites do município de Nova Canaã do Norte, a cerca de 200 quilômetros de Sinop.

É sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, que visa obter o maior rendimento possível nas lavouras, trabalhando todos os dias do ano e respeitando o meio ambiente. O pesquisar da Embrapa Arroz e Feijão, Flávio Wruk, destacou que os municípios da região Norte de Mato Grosso tem que lidar com a severa legislação ambiental, podendo usar apenas 20% das áreas. Por isso, são pesquisados novos sistemas para conseguir aproveitar melhor este percentual.

“O produtor precisa produzir grãos, carne, leite, e madeira. Então ele pode ter uma safra de grãos, seja a soja, o milho ou arroz. Uma safrinha de madeira, carne ou até de animais para vender. O fato é que a empresa rural dele tem que produzir e entrar dinheiro o ano todo”.

A tecnologia é um avanço do sistema integração lavoura-pecuária, que já vendo adotado por muitos produtores mato-grossenses. Assim como na fazenda, que é do produtor Mario Wolf. Ele conta que conseguiu excelentes resultados, dobrando o ganho de massa nos bovinos, e está apostando na novidade.

“Nós vamos ter mais um ganho adicional com produção de madeira e o sombreamento de pastagens e como sabemos e há pesquisas que apontam que o sombreamento faz com que o gado ganhe peso, tenha um adicional pelo simples fato do sombreamento. E apesar de ser um pouco cedo para avaliar ganhos, já vejo muitas vantagens nesta nova tecnologia”.

Como é algo recente, o novo sistema ainda enfrenta muitos desafios. Um deles, segundo o pesquisador da Embrapa, é a resistência do próprio setor, pois ainda aguarda os resultados das pesquisas. “Toda coisa nova tem resistência natural em qualquer área, na agropecuária não vai ser diferente. Outra dificuldade ainda é o financiamento”.


Fonte: Diário de Cuiabá
 
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