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Feijão - Feijão das águas
Data: 22/02/2010
 
A colheita do feijão das águas chegou à metade em Minas Gerais. Como a produção está boa e há muita oferta do produto no mercado, o preço caiu e trouxe preocupação para os agricultores.

O clima ajudou e os produtores em Minas Gerais estão colhendo a melhor safra de feijão dos últimos anos.

Em uma propriedade em Lagoa Formosa, no alto Paranaíba, a produtividade média passa de duas toneladas de feijão por hectare. A qualidade também agrada. Mas o que mexe com o bolso do produtor é o valor pago atualmente por cada saca de 60 quilos.

“A qualidade está boa e a produtividade também. O tempo ajudou. Mas o custo do produto é que não está ajudando. Num feijão de boa qualidade eu pego cerca de R$ 50 e o custo dele é esse também. Não tem como manter lucro”, avaliou o agricultor Roberto Schincariol.

No mês passado, quando começou a colheita, o preço estava melhor. “Em janeiro estava R$ 65. Colhia cerca de 60 hectares. Hoje, está na faixa de R$ 50 a saca”, disse.

Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão do país e deve. Nesta safra a estimativa de produção é de 227 mil toneladas.

Os agricultores comemoram também a boa produtividade que, mesmo com a redução da área plantada, deve crescer 1%, segundo a Conab. “Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás estão tendo safra nesse momento. Alguns lugares iniciando e outros finalizando. Mas, no geral, todos os Estados têm bastante feijão”, explicou o economista Reginaldo de Andrade.

Se por um lado, neste momento, em Minas Gerais, o preço do feijão não agrada os produtores; por outro, existem dois fatores dos quais eles não reclamam: o clima e a produtividade do feijão na safra das águas foram excelentes, o que ajuda a dar uma expectativa de lucro até o fim da colheita.

“A partir de março, quando passa a colher um feijão de qualidade e o governo passa a comprar, realmente, vai ter mais valor e pode aparecer para o produtor”, concluiu Martins.


Fonte: Globo Rural
 
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