As chuvas na fase da colheita, como estimado anteriormente, vão provocar perdas na produção parananse de feijão, que mesmo assim será pouco superior ao ciclo anterior. De acordo com dados do início do mês do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), as perdas ultrapassam os 11% mas com volumes superiores a 13% quando comparadas à safra da seca passada. Os preços não estimulam os produtores: neste mês, o feijão de cor está sendo comercializado por R$ 52,08 (saca de 60 quilos) e o feijão preto a R$ 57,73. Em fevereiro de 2009, valiam R$ 72,28 e R$ 100,23, respectivamente.
Segundo Carlos Alberto Salvador, engenheiro agrônomo do Deral/Seab, é complicado fazer projeções de mudanças positivas nos valores. ''Estamos em período de safra. Neste momento, é difícil prevermos oscilações para cima'', analisa. Outro sinalizador que impede reação nos preços é que os estoques estratégicos de feijão estão altos no Estado.
Segundo o Deral, em 2009 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou no Paraná 82 mil toneladas de feijão e mais 6 mil toneladas foram adquiridas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal. O total corresponde a 11% da produção da safra passada no Estado. ''Grande parte desse feijão ainda está nos armazéns para ser escoada. É um item que precisa ser avaliado em relação à oferta do produto'', observa Salvador.
Considerando a primeira e a segunda safra, a produção paranaense de feijão em 2009/10 está estimada em 823.698 toneladas, aproximadamente 5% superior ao volume colhido na safra 2008/09 que foi de 781.836 toneladas. Segundo o Deral, a primeira apresenta uma produção estimada em 476.626 toneladas. A primeira estimativa de plantio aponta uma área de 296.980 hectares, com redução de 22% em comparação com a safra da seca do ano passado.
A estimativa de produção está em torno de 347.072 toneladas e será 4% menor do que a obtida na anterior. Levantamento do início de fevereiro indica que 25% da área foi plantada e as lavouras encontram-se nas seguintes fases: 29% germinação, 64% em desenvolvimento vegetativo e 7% em floração. Já para a segunda safra, o levantamento aponta para redução em 22% na área plantada de feijão, que deve passar de 265.127 hectares, em 2009, para 206.980 hectares, em 2010.
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As chuvas na fase da colheita, como estimado anteriormente, vão provocar perdas na produção parananse de feijão, que mesmo assim será pouco superior ao ciclo anterior. De acordo com dados do início do mês do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), as perdas ultrapassam os 11% mas com volumes superiores a 13% quando comparadas à safra da seca passada. Os preços não estimulam os produtores: neste mês, o feijão de cor está sendo comercializado por R$ 52,08 (saca de 60 quilos) e o feijão preto a R$ 57,73. Em fevereiro de 2009, valiam R$ 72,28 e R$ 100,23, respectivamente.