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Arroz - Exportação de arroz vai ser recorde neste ano
Data: 22/02/2010
 
Volumes crescentes colocam o País entre os dez maiores exportadores.
Elder Ogliari, PORTO ALEGRE


As exportações brasileiras de arroz vão bater recorde ao fim do ano-safra da cultura, em fevereiro. O volume de março de 2009 a janeiro de 2010 chega a 866,3 mil toneladas, base casca, e já supera a marca de 789 mil toneladas de 2008/2009. O levantamento foi feito pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) com dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.

Os volumes crescentes há seis anos colocam o Brasil no clube dos dez maiores exportadores de arroz, ainda distante das 9 milhões de toneladas comercializadas pela Tailândia, mas bem acima das quase insignificantes 23,5 mil toneladas que vendeu em 2003. O País ainda não é superavitário no item, mas as importações, feitas basicamente do Mercosul, vêm caindo, e podem fechar o ano-safra com volume pouco superior ao das exportações. Até janeiro, chegaram a 871,5 mil toneladas.

A atual escalada das exportações começou em 2004. Naquele ano, o volume ainda foi baixo, de 92,2 mil toneladas, mas correspondeu a um salto que quadruplicou as 23,5 mil toneladas de 2003. Outra multiplicação semelhante elevou o volume para 379,7 mil toneladas em 2005. Após uma pequena queda em 2007, para 319,1 mil toneladas, houve mais um pulo, para 790 mil toneladas em 2008, estimulado pela cotação internacional do arroz, que dobrou de preço, chegado à inédita marca de US$ 1,026 mil a tonelada na Tailândia.

O Brasil encontrou brechas para se tornar exportador quando a superoferta do mercado internacional foi enxugada pelo crescimento do consumo da China e da Índia, países com dificuldades para ampliar suas áreas agricultáveis. Naqueles anos de 2004 e 2005, havia excedentes internos provocados por boas safras locais e remessas do Mercosul. A cadeia percebeu que havia oportunidades em outros continentes e passou a buscá-las. Em 2008, quando o preço do arroz foi às alturas, já tinham alguns canais abertos no mercado internacional e tratou de ampliá-los.

O presidente do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz), Élio Jorge Coradini, lembra que a primeira operação de exportação da fase atual foi feita depois de um acordo de cinco empresas com uma trading. "Foi um sucesso de logística que abriu caminhos", avalia. "Daí em diante a venda sempre cresceu."

O assessor de mercado do Irga, Marco Aurélio Tavares, destaca que a logística do Porto de Rio Grande, com terminais graneleiros e de contêineres, e a proximidade da África também são determinantes para dar competitividade ao arroz gaúcho. "O Uruguai, que é tradicional exportador, não tem a mesma capacidade", compara.

Ao mesmo tempo em que abria caminhos, a cadeia tratava de enviar seus representantes aos potenciais compradores e de oferecer produto de maior valor agregado. Em vez do arroz quebrado, eventualmente sobra do mercado interno, passou a oferecer arroz parboilizado, muitas vezes já empacotado para ir direto às gôndolas dos supermercados, e transformou este no principal item das exportações do grão.

"Os compradores internacionais conheceram o arroz de qualidade que produzimos aqui", festeja Francisco Schardong, presidente da Comissão do Arroz da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Hoje o arroz brasileiro é vendido para mais de 50 países. O principal mercado é o da África, onde países como Nigéria, Senegal, África do Sul e Benin demandam os maiores volumes, correspondentes a mais da metade das vendas brasileiras, seguido pela América Latina e Caribe e União Europeia.

"O Brasil ainda não é considerado grande fornecedor, como os asiáticos, mas vai por esse caminho", constata Ovídio Ferronato, diretor da Corretora Mercado, de Porto Alegre, que, mesmo sem dar números, admite que o volume de operações de exportação de arroz cresceu muito nos últimos anos.

PREÇOS

Produtores, industriais e analistas acreditam que as vendas externas podem ajudar a regular o mercado interno do arroz. Os agricultores passaram boa parte dos anos mais recentes se queixando de preços baixos, muitas vezes inferiores aos custos de produção, provocados por excesso de oferta local ou eventualmente de países do Mercosul. Mas o quadro começa a mudar.

"Hoje a exportação praticamente neutraliza o efeito dos ingressos do Mercosul", observa Tavares. "Além disso, cria um novo vetor no mercado interno, que o produtor pode apropriar para equilibrar preços." Na mesma linha, Coradini constata que a formação do preço do cereal no Brasil começa a seguir a tendência de outros produtos agrícolas formados pelo mercado internacional. "O produtor passa a ter um real balizador de preço, que só cai até a paridade da exportação", complementa o consultor Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.

Neste ano, as exportações devem cair, mas nem por isso voltarão ao quase nada que eram até 2003. A quebra de 10% da safra, provocada por enxurradas no Rio Grande do Sul, Estado responsável por cerca de 60% da produção nacional e pela quase totalidade das exportações, vai produzir o que Cogo define como "um quadro apertado", no qual a perspectiva é de aumento de 15% a 20% sobre o preço médio de R$ 27,8 pagos pela saca de 50 quilos em 2009.

Segundo o consultor, o País iniciará o ano-safra de março de 2010 a fevereiro de 2011 com estoque de 1,2 milhão de toneladas, ao qual se somarão os 11,5 milhões de toneladas da safra - já considerada a quebra de 1,1 milhão de toneladas - e provável importação de 1,2 milhão de toneladas. Como a exportação tende a ficar em 500 mil a 600 mil toneladas, o fechamento será próximo de 800 mil toneladas, correspondente ao consumo nacional de 20 a 25 dias.

Fonte: O Estado de S. Paulo
 
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