Arroz - Novo critério para o arroz cria impasse na orizicultura
Data:
26/02/2010
A definição de um suposto novo padrão de recebimento do arroz pelos engenhos gaúchos causa polêmica no setor orizícola em plena Abertura Oficial da Colheita. A circulação da "nova tabela" entre arrozeiros de Santa Vitória do Palmar, Jaguarão e outros municípios da Zona Sul do Estado alarmou as lideranças do setor. Segundo a Federarroz, os parâmetros imporiam maior rigidez na classificação dos grãos e, consequentemente, reduziriam o preço pago ao produtor. A escala teria sido elaborada em reunião realizada em Pelotas, em 8 de fevereiro, e será debatida hoje na reunião da Câmara Setorial do Arroz em Camaquã. "Vários produtores me entregaram essa tabela, mas não posso tomar nenhuma providência enquanto não houver um negócio de acordo com essa classificação", relatou o presidente da Câmara, Francisco Schardong. O assunto já foi encaminhado ao Departamento de Defesa Vegetal do Mapa, inclusive com reprodução da tabela. "Mas não recebemos nenhuma resposta oficial da União sobre isso", afirmou o presidente da Federarroz, Renato Rocha.
O uso de padrões mais rígidos em conjunto é negado pelo presidente do Sindicato da Indústria do Arroz no RS (Sindarroz), Élio Coradini. "Não existe nenhuma tabela. Cada empresa decide sobre o padrão que irá adotar", esclarece o dirigente.
Conforme o presidente da Federarroz, as mudanças poderiam provocar redução de até 10% no valor pago pela saca. De acordo com ele, os principais itens que sofreriam mudanças seriam o índice de umidade, a tolerância, as impurezas, o padrão de rendimento e o percentual de grãos amarelos e vermelhos. "Mas não é assim que funciona. Não adianta quererem impor parâmetros. Há legislação para isso", adverte o dirigente.
A classificação do arroz no Brasil é regida pela portaria 269/88 do Mapa. O texto será atualizado pela normativa 6, que entra em vigor na segunda-feira e estabelece padrões mais rígidos para o grão destinado para a alimentação humana, compra e venda do poder público e importação.
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A definição de um suposto novo padrão de recebimento do arroz pelos engenhos gaúchos causa polêmica no setor orizícola em plena Abertura Oficial da Colheita. A circulação da "nova tabela" entre arrozeiros de Santa Vitória do Palmar, Jaguarão e outros municípios da Zona Sul do Estado alarmou as lideranças do setor. Segundo a Federarroz, os parâmetros imporiam maior rigidez na classificação dos grãos e, consequentemente, reduziriam o preço pago ao produtor. A escala teria sido elaborada em reunião realizada em Pelotas, em 8 de fevereiro, e será debatida hoje na reunião da Câmara Setorial do Arroz em Camaquã. "Vários produtores me entregaram essa tabela, mas não posso tomar nenhuma providência enquanto não houver um negócio de acordo com essa classificação", relatou o presidente da Câmara, Francisco Schardong. O assunto já foi encaminhado ao Departamento de Defesa Vegetal do Mapa, inclusive com reprodução da tabela. "Mas não recebemos nenhuma resposta oficial da União sobre isso", afirmou o presidente da Federarroz, Renato Rocha.