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Geral - Apenas o boi tem média maior na BM&FBovespa
Data: 01/03/2010
 
De São Paulo - Se entre as commodities negociadas nas bolsas de Nova York e Chicago apenas o algodão fechou fevereiro com preço médio superior ao de janeiro, na BM&FBovespa só o boi gordo registrou valorização no mês passado, conforme cálculos do Valor Data baseados nos contratos futuros de segunda posição de entrega.

Em boa medida, os ganhos registrados (2,29%) representam a continuidade de uma reação, iniciada em janeiro, aos baixos patamares que vinham sendo praticados, que ainda determinam uma queda de 2,45% em relação ao valor médio registrado em fevereiro de 2009. Essa baixa é resultado das dificuldades observadas em função da boa oferta em tempos de dificuldades na exportações por conta da desaceleração da economia em importantes países compradores, inclusive na União Europeia.

Além da pressão da retração das cotações internacionais, o cenário de gordos estoques domésticos colaborou para derrubar o milho. Em relação à média de janeiro, a queda em fevereiro foi de 3,59%. Em 2010, com isso, as perdas acumuladas chegaram a 6,78%; em 12 meses, a 20,23%.

A soja também foi abaixo com as conjunturas internacional e doméstica. A commodity registrou preço médio 6,33% menor em fevereiro do que em janeiro, o que ampliou o tombo em relação à média de dezembro para 10,77%. Os ganhos em 12 meses também evaporaram, transformado-se em queda de 1,35%. Vale lembrar que no início de 2009 a demanda - e os preços - do produto brasileiro foi favorecida pela forte quebra climática na Argentina e pelas vultosas compras da China, o principal país importador daquele que é o carro-chefe do agronegócio brasileiro.

Assim como no caso do boi e do milho, a soja também tem curva descendente de preços no mercado físico. Em Mato Grosso, por exemplo, há algumas semanas a nova colheita era negociada com preços pelo menos 15% abaixo daqueles do início do ano passado, como informou o Valor.

No caso do café, finalmente, a queda em fevereiro foi de 6,81% na comparação com a cotação média de janeiro. É praticamente a mesma queda computada em 2009 (6,85%), mas em 12 meses a valorização acumulada ainda é de 26,29%. Com boas perspectivas para exportações e consumo interno, há espaço para ganhos.



Fonte: Valor Econômico
 
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