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Arroz - Como era esperado, a oferta de safra mantém preços do arroz em queda
Data: 08/03/2010
 
A queda dos preços durante a colheita é comum pela expectativa de uma grande oferta de cereal nos próximos 60 dias. Produtores, no entanto, se mobilizam por mecanismos que garantam cotações remuneradoras no primeiro semestre

Com a safra gaúcha recém chegando a um número entre 6% (Irga) e 9% (Emater-RS), os preços de mercado aceleraram a queda no Rio Grande do Sul pela expectativa crescente de uma forte oferta de arroz às indústrias. Com uma armazenagem própria inferior a 25%, o arrozeiro gaúcho deposita 75% do produto em cooperativas, armazéns públicos (se houver mecanismos do governo disponíveis) ou terceirizados e na indústria (a depósito). Assim, a expectativa de um março onde o RS vai colher 70% da safra, é o principal fator de baixa nos preços.


Segundo o indicador Cepea/Esalq – Bolsa Brasileira de Mercadorias (BVMF), até a última sexta-feira (5/3) a variação mensal da cotação do arroz no Rio Grande do Sul foi negativa em 4,72%, caindo de R$ 29,23 no último dia útil de fevereiro para R$ 27,85. Em dólar, a variação foi 3,65% negativa, com a saca de 50 quilos do arroz em casca (58x10) equivalendo a US$ 15,59. Na semana, a média de preços ficou em R$ 28,34 no Rio Grande do Sul para o produto do padrão já indicado, colocado na indústria, ainda segundo o indicador Cepea/Esalq – BVMF. A queda da média foi de 3,47%. Em dólar, a média da semana entre 1º e cinco de março de 2010 caiu 1,8%, com a saca equivalendo a US$ 15,84, pela cotação da moeda norte-americana na sexta-feira.

MECANISMOS

Com os preços em queda livre, e o mercado nos principais pólos de comercialização entre R$ 28,50 e R$ 29,00 na semana que passou, com indicativo de redução ainda maior, a Federarroz, o Irga e a Farsul encaminharam documentação ao MAPA e à Conab solicitando a liberação de um importante mecanismo de comercialização e sustentação de preços, os contratos de opção de arroz. O documento, também enviado à Conab, solicita R$ 400 milhões em recursos para retirar do mercado 500 mil toneladas do cereal.


As entidades sugerem um cronograma de leilões da metade de março até junho, meses em que a oferta do cereal costuma afetar negativamente a remuneração ao produtor. O objetivo com a entrada do programa em execução é assegurar um mecanismo de sustentação de preços e ter o valor de exercício de 1º de outubro (R$ 30,35) como uma referência de R$ 30,35 ao mercado, com a respectiva antecipação dos contratos a partir de maio, com os respectivos ágio e deságio. O pedido é para repetir os mecanismos do ano passado, só que desta vez com a ressalva de iniciar mais cedo e não haver atraso nos pagamentos. Em 2009, esse mecanismo foi providencial ao mercado.


O documento sugere dois leilões em março, o primeiro com 100 mil toneladas. Os cinco restantes seriam para 80 mil toneladas quinzenais, com limite de 10 contratos por CPF por leilão e 30 contratos no total do programa. Atualmente o setor conta com R$ 600 milhões de recursos de EGFs, inclusive com 180 dias de prazo, mas nem todos os agricultores têm acesso.

EXPORTAÇÃO


O Brasil comemora o recorde superior a 830 mil toneladas de arroz (base casca) exportados em 2009/10, volume que deve ser confirmado esta semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). Ao mesmo tempo, governo e produtores se mobilizam para assegurar que o país mantenha uma fatia de pelo menos 500 mil toneladas no mercado externo.

Enquanto o presidente Lula determinou que o governo federal estude um Plano de Apoio às Exportações (no caso do arroz deve ser principalmente por meio do PEP), os produtores encomendaram estudos para indicar outros caminhos importantes, como a desoneração tributária – incluindo algumas taxas de exportação – que podem chegar a 4% do valor total da operação comercial, e do reintegro, uma devolução de impostos à cadeia exportadora, nos padrões do que já acontece no Uruguai e na Argentina. Os Estados Unidos é um caso à parte, pois dá subsídios diretos. Até o final de março os arrozeiros apresentarão suas propostas.


CLASSIFICAÇÃO


O ministro Reinhold Stephanes anunciou essa semana, também, que será editada uma nova instrução normativa ajustando a tabela de classificação do arroz às solicitações do Rio Grande do Sul. A audiência ocorreu no último dia 2, em Brasília (DF). A normativa entrou em vigor na última segunda-feira (1/3), alterando os padrões de classificação do arroz. Três alterações serão feitas, em razão das perdas no Rio Grande do Sul por causa do clima.

O pedido de revisão da instrução normativa número 6, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que orienta sobre os novos padrões do grão, foi levado à Brasília pelo secretário Machado, o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, e o diretor da Farsul, e presidente da Câmara Setorial do Arroz, Francisco Schardong.

Outro assunto debatido foi a liberação de recursos para os produtores que sofreram com os eventos climáticos no Estado. Ficou definida a autorização de um crédito especial de R$ 175 milhões, com prazo de 10 anos e três anos de carência. Não ficou acertada a equalização dos juros, que precisa de decisão da Casa Civil da Presidência da República. O deputado federal Germano Bonow, em nome da bancada gaúcha, está responsável por acompanhar o processo junto à Casa Civil.
BENEFICIADO


O mercado externo está refletindo duplamente nos preços do arroz beneficiado brasileiro. Em primeiro lugar, indústrias uruguaias estão conseguindo colocar o fardo de arroz branco nos portos do Nordeste brasileiro a pouco mais de R$ 28,00, enquanto esse é o valor da saca de 50 quilos em casca no Rio Grande do Sul, o que retira a competitividade mesmo no mercado interno. Em segundo lugar, muitas indústrias, principalmente de parboilizado, que direcionaram suas operações para as exportações, perderam lugar nas gôndolas dos supermercados – ou posições no mercado interno.

Com a perda da competitividade em razão dos preços internos e do dólar em baixa, acabaram precisando deflagrar uma guerra de preços baixos para retomarem os espaços nas gôndolas. E muitos ainda estão “patinando” em busca desse reposicionamento, e baixando preços, o que está gerando uma disputa acirrada enquanto o varejo assiste de camarote, e com vantagens. O consumidor, que não tem nada com isso, tem uma pequena margem de vantagem nas gôndolas.

PREÇOS

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS) indica queda nos preços médios do arroz esta semana no mercado livre gaúcho, de R$ 28,50 para R$ 28,00 a saca do cereal em casca com 50 quilos. O arroz beneficiado, em sacas de 60 quilos (tipo 1) manteve cotação média de R$ 55,00. Entre os derivados, o canjicão manteve-se em R$ 28,50, a quirera em R$ 22,00 e a tonelada do farelo estabilizada nosR$ 245,00.  

Fonte da Notícia: Planeta Arroz
 
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