Geral - Missão europeia parte e deixa clima de otimismo entre pecuaristas gaúchos
Data:
10/03/2010
A missão europeia partiu, no final da tarde de ontem, da Fazenda Coxilha Bonita, em Cachoeira do Sul, deixando no Estado um clima de otimismo. Mesmo ainda sem um pronunciamento oficial dos técnicos, o Ministério da Agricultura qualificou a passagem do grupo pelo Rio Grande do Sul como satisfatória.
Esse resultado prévio traz a expectativa de que novas propriedades e frigoríficos possam ser integrados à lista dos credenciados para a exportação de carne bovina para a Europa. Atualmente, 112 fazendas gaúchas estão habilitadas.
– Alguns ajustes sempre são necessários, mas as duas vistorias tiveram um bom desempenho – afirmou o responsável pelo setor de rastreabilidade da superintendência do ministério no Estado, Roberto Schroeder.
Durante nove horas, o mesmo trio de técnicos que passou pelo frigorífico Marfrig, em Capão do Leão, na segunda-feira, esteve ontem na propriedade para avaliar os sistemas de rastreamento do gado red angus e hereford.
Os técnicos Vasco Antunes, de Portugal, Roger Schmit, de Luxemburgo, e Agnes Kerth, da Hungria, chegaram ao município da Região Central, em um avião fretado, às 7h30min.
Resultado positivo pode abrir novos mercados
Na fazenda, eram aguardados pelo empresário e agropecuarista Astor Wallauer, que desde o ano passado tem toda a sua produção voltada à exportação para o exigente mercado europeu. Wallauer esperava ansioso, mas confiante:
– Não precisamos nos preparar especificamente para essa auditoria porque seguimos sempre uma metodologia dentro das exigências europeias. Se voltarem em uma semana, vão encontrar o mesmo cenário.
Durante toda a manhã, com papel e caneta na mão, o trio, com olhos atentos, supervisionou o trabalho de três auditores da Secretaria de Agricultura do Estado, que fizeram a checagem, orelha a orelha, da numeração dos brincos de 600 animais.
A documentação foi conferida no período da tarde, na mesma mesa onde foi servido o almoço. Embaixo de um parreiral, os técnicos vistoriaram todo o histórico dos animais, desde o nascimento até o abate. O objetivo era verificar se o sistema de rastreabilidade está sendo aplicado dentro das normas de exigências do mercado europeu.
– Os técnicos fazem um trabalho muito sério. Um bom resultado é importante porque, além de garantir a continuação da exportação para a Europa, serve de referência para que se possa buscar novos mercados – afirmou Schroeder.