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Geral - Gargalos impedem maior expansão do agronegócio
Data: 11/03/2010
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê para este ano a segunda maior safra agrícola da história, 145,1 milhões de toneladas de grãos, volume 8,5% maior do que a de 2009.

Um dos motivos do crescimento da safra é a expansão de 1,5% da área plantada, para 47,9 milhões de hectares. O Brasil é privilegiado pelo clima e pela disponibilidade de água e terra, embora o preço desta última venha subindo. Mas não há só ajuda divina. O principal impulso vem do aumento da produtividade, consequência do uso mais intenso de insumos, máquinas e técnicas modernas de plantio, como o adensamento - o que exige investimentos e aperfeiçoamentos tecnológicos.


Estudo recentemente divulgado pelo Ministério da Agricultura mostra que a produtividade, medida pela produção em toneladas por hectare, cresce em várias frentes. A trajetória da soja no Brasil é um dos maiores exemplos da evolução agrícola do país. Na década de 70, quando começou a entrar em Mato Grosso, a produtividade média da cultura da soja era de 30 sacas por hectare. Atualmente supera as 50 sacas, acima da média registrada nos Estados Unidos.


Cálculos do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) mostram que o aumento médio da produtividade da soja brasileira foi de 1,22% entre as safras de 2002/03 e 2009/10, maior do que nos Estados Unidos (1,13%) e pouco inferior à da Argentina (1,33%). Para a próxima década, porém, a previsão é que a produtividade da soja brasileira vá crescer menos, 0,92% em média por ano.


No caso do milho, o levantamento do Icone informa que a produtividade aumentou 3,39% ao ano entre as safras 2002/03 e a projetada para 2009/10. O ritmo de crescimento é semelhante ao do aumento de 3,46% da produtividade média dessa cultura na Argentina e superior à evolução média anual de 1,84% dos Estados Unidos. Nos próximos dez anos, a previsão é que a produtividade do milho crescerá em média 1,92% ao ano. O custo do milho é superior ao da soja, que, por outro lado, oferece menor risco por ter maior liquidez e retorno por hectare. Por isso, na dúvida a respeito de qual cultura plantar, Argentina e Brasil optam pela soja, enquanto os americanos preferem o milho.


O maior salto de produtividade nos próximos dez anos será na cultura do arroz (4,77% ao ano). Depois vêm a batata inglesa (2,62%), algodão (2,61%), trigo (2,29%), feijão (2,05%), milho (1,92%) e laranja (1,48%). Dessa lista, laranja, arroz, feijão e batata deverão perder área plantada, mas terão a produtividade impulsionada por ganhos tecnológicos.


Neste decêndio, a produção de grãos vai crescer 36,7%, para 177,5 milhões de toneladas; e a de carnes, 37,8% para 8,4 milhões de toneladas.


A evolução agrícola permitiu ao Brasil tornar-se o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, depois dos Estados Unidos e da União Europeia. O Brasil, que já havia superado a Austrália e a China, agora passou à frente também do Canadá. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil exportou US$ 61,4 bilhões em produtos agropecuários em 2008 em comparação com US$ 54 bilhões do Canadá. Os Estados Unidos estão em primeiro lugar, com US$ 139,97 bilhões, e a União Europeia vem em segundo lugar, com US$ 127,63 bilhões.


O Brasil já é o primeiro da lista de maiores exportadores de álcool, café, suco de laranja, carne de frango e carne bovina. Está em segundo em soja, farelo de soja e milho; e em quarto em carne suína.


O cenário é muito positivo para o agronegócio brasileiro da porteira da fazenda para dentro. Velhos gargalos tolhem uma evolução ainda maior do agronegócio no Brasil especialmente na área de logística. Estradas ruins encarecem o frete e alongam as viagens; portos subdimensionados e congestionados atrasam os embarques e causam perdas de mercadoria. Há ainda o problema do câmbio e o protecionismo dos países ricos que defendem sua própria agricultura com poderosas barreiras comerciais, como mostra a atual briga do Brasil com os Estados Unidos por causa dos subsídios ao algodão.

Fonte: Valor Econômico
 
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