A logística da implementação do selo fiscal para vinhos e espumantes poderá causar dor de cabeça a pequenos produtores. De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Viticultura, Vinhos e Derivados, Arnaldo Passarin, os cantineiros temem não conseguir se adaptar ao processo, que deverá ser lançado em abril. Segundo o presidente da Uvibra, Henrique Benedetti, o custo de aquisição da máquina para rotular as garrafas é uma das preocupações. "Sugerimos que o funcionário que rotula manualmente possa fazer a aplicação do selo para reduzir o custo." O presidente do Ibravin, Júlio Fante, informou, ontem durante avaliação da medida, que a Receita Federal deverá dar prazo de 12 meses para adaptação.
Fante garante que o impacto de custo será pequeno perto do resultado ao inibir a sonegação e a falsificação. O selo, produzido pela Casa da Moeda, custará em torno de R$ 23,00 o milheiro. Todos os tipos de embalagem levarão a identificação. Caso contrário, o estabelecimento será notificado e autuado. "É difícil inibir 100% da fraude, mas criaremos maneiras de evitar", ressalta Passarin.