Os grãos sofreram forte desvalorização ontem na Bolsa de Chicago. Principal item da pauta de exportações do Brasil, a soja fechou em queda 3,39%, cotada a US$ 9,41 por bushel nos contratos para entrega em maio. O milho para maio recuou 2,68%, para US$ 3,45 por bushel, e registrou o menor preço de fechamento desde setembro de 2009.
Fundos e especuladores resolveram liquidar parte de suas carteiras depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seus números trimestrais de estoque e o resultado de seu levantamento de intenção de plantio para a próxima safra.
O USDA mostrou que os EUA armazenavam, em 1º de março, um volume de soja e milho maior do que o mercado estimava e confirmou a expectativa de expansão das lavouras norte-americanas este ano.
Em Nova York, o preço do açúcar para entrega em maio desabou 7,21% e fechou a 16,59 centavos de dólar por libra-peso depois que as cooperativas da Índia, segundo maior produtor mundial da commodity, reviram para cima sua estimativa para a safra 2009/10.
As perdas de ontem encerraram um trimestre negativo para as commodities. O índice CRB, que acompanha uma cesta composta por futuros de energia, metais e produtos agrícolas, recuou 3,54% no período. Os produtos agrícolas lideraram as perdas.