Arroz - Preços internacionais do arroz estão mais baixos
Data:
13/04/2010
Em março, os preços mundiais do arroz continuaram caindo, cedendo 7% em um mês. Desde o início do ano, os preços caíram entre 10% e 20%, conforme a origem. A demanda mundial se mantém relativamente escassa já que os importadores antecipam preços menores. Um aumento da demanda não deve ocorrer antes de meados de maio. Tanto que as agências públicas de abastecimento nos principais países exportadores compram massivamente arroz para sustentar os preços internos. Algumas previsões indicam possíveis aumentos nos preços até o final do ano, devido à reativação da demanda mundial e um declínio da produção asiática devido a condições climáticas desfavoráveis, especialmente na China. Na Tailândia, os preços caíram 7% em março. Preços mais competitivos tendem a elevar as exportações, 5% maiores que na mesma época do ano anterior. Não obstante, esta queda preocupa o governo tailandês, que busca negociar com o Vietnã para limitar a queda dos preços mundiais. Em março, o arroz beneficiado Tai 100%B caiu US$ 44 para US$ 527 a tonelada FOB, contra US$ 571 a tonelada FOB em fevereiro. Nesta semana, o Tai 100%B está cotado a US$ 510 a tonelada FOB, US$ 609 a tonelada FOB na primeira quinzena de janeiro deste ano, acumulando, neste período, uma desvalorização de 16,2%. No Vietnã, os preços de exportação cederam 9%, registrando uma queda acumulada de 34% durante o primeiro trimestre de 2010. As autoridades compraram 1 milhão de toneladas para armazenar e sustentar os preços internos. As exportações estão com um atraso de 30% comparado à mesma época do ano passado. As perspectivas de produção para a colheita Inverno-Primavera indicam um salto em relação à campanha anterior, o que deve compensar, em partes, a queda prevista para a produção tailandesa. Em março, o arroz beneficiado Viet 5% marcou US$ 395 a tonelada FOB, contra US$ 430 a tonelada FOB em fevereiro. Nesta semana, o arroz beneficiado Viet 5% está cotado a US$ 370 a tonelada FOB, contra US$ 489 a tonelada em janeiro deste ano, acumulando, neste período, uma desvalorização de 24,3%.
Na Índia, as exportações de arroz não aromático devem retornar, especialmente para a África. As disponibilidades internas parecem ser suficientes e o governo não pretende importar arroz, por enquanto. As perspectivas para a próxima safra são boas graças a uma monção normal, contrariamente às regiões do Sudeste Asiático afetadas pela seca. Nos Estados Unidos, depois de um período de certa firmeza, os preços de exportação caíram 9% em um mês. As disponibilidades são importantes e as existências (estoques) devem aumentar 10% em 2010. Na Bolsa de Chicago, os preços para maio e julho de 2010 se encontram em tendência baixista, recuando, respectivamente, 6,0% e 13,5% em relação ao mês de fevereiro. Em março, o arroz tipo longo Long Grain marcou US$ 538 a tonelada FOB, contra US$ 589 a tonelada FOB em fevereiro. Nesta semana, o arroz beneficiado dos EUA Long Grain US4 está cotado a US$ US$ 510 a tonelada FOB, uma queda acumulada de 13,4% em relação à média de fevereiro. Na África, a safra 2009/2010 incrementou 5% em relação ao ano anterior, principalmente nas regiões da África Ocidental. Em troca, na África Oriental, a produção aumentou pouco. A demanda é escassa devido às dificuldades para financiar as importações. Em 2010, estas deveriam permanecer globalmente estáveis, graças aos estoques suficientes. Com relação ao câmbio, com mínima de R$ 1,758 e máxima de R$ 1,771, o dólar comercial perdeu 0,78%, negociado a R$ 1,757 na compra e a R$ 1,759 na venda. Este foi o terceiro dia seguido de baixa da moeda americana. Em uma jornada marcada pelo fortalecimento do euro em relação à moeda americana, em função do anúncio do pacote de socorro financeiro à Grécia, o desempenho do Real esteve atrelado ao da divisa europeia. Na sexta-feira, o dólar havia recuado 0,22%, a R$ 1,771 na compra e R$ 1,773 na venda. Na semana passada, a moeda acumulou alta de 0,23%. Com isso, a moeda acumula perdas de 1,24% no mês. A alta no ano, porém, ainda é de 0,92%.
Fonte: InterArroz - Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz